tag:blogger.com,1999:blog-30113358457780784902024-03-19T19:48:43.639-07:00Música Negra BrasileiraNilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-88674296490306884462018-02-02T10:12:00.002-08:002018-02-02T10:12:30.432-08:00Thaíde <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicWTrSiUXfWDeY5HjeESLaFvBVWirT5qFzjbqS-nR1kS2fLgtByzPIJbWiSnfT3TBK6_bsDcbt5RatlxoInUW0OmXghoKCgamaN9BCAQQ5LM6StieM6FcTAWs3fvam6fwz4PstQ4_St2q9/s1600/thaide-altair-goncalves.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1065" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicWTrSiUXfWDeY5HjeESLaFvBVWirT5qFzjbqS-nR1kS2fLgtByzPIJbWiSnfT3TBK6_bsDcbt5RatlxoInUW0OmXghoKCgamaN9BCAQQ5LM6StieM6FcTAWs3fvam6fwz4PstQ4_St2q9/s320/thaide-altair-goncalves.jpg" width="320" /></a></div>
Altair Gonçalves (São Paulo, 5 de novembro de 1967), mais conhecido pelo seu nome artístico de Thaíde é um rapper, compositor, produtor, apresentador e ator brasileiro. Começou sua carreira na anos 80 e fez muito Sucesso na 90, cantando em parceira com o paulistano DJ Hum, a dupla Thaíde & DJ Hum. Também foi apresentador do programa Yo! MTV Raps, da MTV Brasil, voltado ao rap e à black music. Thaíde faz parte da velha escola do rap nacional, iniciou sua carreira no início dos anos 80 como um dos fundadores da equipe de break Back Spin. Ao lado de seu ex-parceiro DJ Hum, foi um dos primeiros artistas de rap do país a gravar, participou da primeira coletânea de rap Hip-Hop Cultura de Rua, que veio a ganhar projeção nacional com o sucesso da clássica "Corpo Fechado".<br />
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Com o tempo, sua carreira ganhou respeito nacional e internacional, além de excelente receptividade tanto do público como da crítica, graças à sucessos como "A Noite", "Afro brasileiro", "Apresento meu amigo" e o mega hit "Senhor Tempo Bom". Hoje, ao lado dos Racionais MCs, é considerado um dos principais nomes do rap brasileiro. Recentemente, fez uma participação especial no filme e seriado Antônia na Rede Globo, com o personagem Marcelo Diamante. Thaíde também participou do filme Caixa Dois em uma rápida aparição. Em abril de 2009 assumiu o comando do programa Manos e Minas, da TV Cultura, saindo do programa um ano depois.<br />
Assinou contrato com a TV Bandeirantes em 2010 e apresenta atualmente o programa "A Liga" nesta mesma emissora, junto com Cazé Peçanha, Mariana Weickert e Mel Fronckowiak e o programa Metro Black da Rádio Metropolitana FM de São Paulo junto com a radialista Marcela Rocha.<br />
Foi criado na periferia da Zona Sul paulistana, Altair Gonçalves, o Thaíde, cresce ouvindo AM, sambas de malandragem e de breque, forrós e música brega, além de gringos como Commodores, Temptations e Barry Manilow. Mas aquele que, ao lado de seu ex-parceiro DJ Hum, seria um dos pilares do hip hop nacional, não imagina que o seu destino seria apresentado no início dos anos 1980 pelo programa televisivo Comando da Madrugada, do Goulard de Andrade:<br />
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“<span style="white-space: pre;"> </span>"Era madrugada. Estava tocando The big through down e o Goulard de Andrade falou assim, e nós estamos aqui num baile da Chic Show tradicional equipe de som dos anos 70 e 80. e vocês não têm idéia do que estes crioulos fazem lá embaixo. Vem comigo! Aí a câmera foi dxxescendo, e aquele som aumentando. Foi quando eles mostraram o Nelson Triunfo e outros caras dançando break. Falei comigo mesmo, taí, é isso aí que nós somos", relata no livro Pergunte a quem conhece: Thaíde".<span style="white-space: pre;"> </span>”<br />
O pernambucano Nelson Triunfo e sua equipe Funk Cia já naquela época se apresentam em programas de TV e, principalmente, no centro da capital paulista, na rua 24 de Maio. Foi aí que Thaíde e seu amigo Mario vêem pelo primeira vez ao vivo e à cores a dança flexiva-robótica do break. O impacto foi tamanho que montam o grupo Black Panthers, de vida curta. Em seguida, nasce a Dragon Breakers, que se apresenta no programa de TV Barros de Alencar, onde Thaíde conhece o Marcelinho, da Furious Breakers. Sugere, então, que a Dragon e a Furious se unam e se transformem na Back Spin Crew. E foi o que acontece naquele 1984 que terminava. Thaíde já risca algumas letras e rimas em cima de outras músicas. O estímulo para a composição parte de amigos como o Cláudio (que também frequentava a Archote, casa noturna em Moema) e Marco Tadeu Telésforo, que se firma como parceiro de suas primeiras músicas ("Corpo fechado", "A noite", "Algo vai mudar", "Homens da lei" e "Falsidade"). Foi também na Archote que conhece Humberto Martins, o DJ Hum, discotecário da casa.<br />
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Nessa época, a equipe Back Spin resolve não ficar na mesma área do Nelson Triunfo, que já sofria com a polícia, e faz do Parque do Ibirapuera seu primeiro quartel general. Ali se juntam outras equipes de dança, além da rapaziada do skate e da [sugira um novo terreiro para o break: a estação de metrô São Bento. Começa ali a geopolítica do hip hop brasileiro. Como Thaide afirma em sua biografia, nem sempre era possível curtir o som direto dos aparelhos que levam para a estação de metrô: ou porque os seguranças não deixam utilizar a energia elétrica da estação ou porque as pilhas acabam. Assim, aproveitando sua experiência com atabaques, Thaíde segura a percussão tocando em latas de lixo e improvisando rimas.<br />
<span style="white-space: pre;"> </span>"Com o passar do tempo, isso já por volta de 1987, sem que nós procurássemos ninguém, todo mundo começou a ir à São Bento. Nunca ligamos para um jornal, revista ou emissora de televisão, e de repente o local estava cheio de jornalistas querendo fazer matérias.<span style="white-space: pre;"> </span>”<br />
Grande parte disso eu acho que se deve à presença do pessoal do underground, que havia nos descoberto antes e tinham bastante contato com a mídia. "Os caras do Fábrica Fagus e o Skowa sempre estavam por lá e acho que foi o pessoal do Fábrica que levou o Nasi, vocalista do Ira!, para conhecer o lugar", relevou no livro Pergunte a quem conhece: Thaíde. E foi por meio do Nasi e do Fábrica que Thaíde participa da festa My Baby (com destaque para o hip hop), realizada naquele 1987 no finado Teatro Mambembe. É intimado a apresentar um som. Leva "Consciência", que tem as bases feitas pelo Nasi e pelo Fábrica. É a primeira vez que entra em um estúdio, como é também sua estréia em palco. Aplaudido, com direito a bis, Thaíde é surpreendido por Pena Schmidt, diretor artístico da gravadora multinacional CBS (hoje Sony), que o convida a gravar um disco. Surpreendentemente, o rapaz que não sonhava ser artista nega que não está pronto.<br />
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Mas nesta mesma festa, Thaíde se encontra com DJ Hum e o intima a firmarem uma parceria profissional. "Um não sabia fazer scratch direito, e outro não sabia rimar direito." E está dada a largada a um dos casamentos artísticos mais frutíferos do rap nacional. Somente um ano depois da formação, a dupla sobe no palco. Segundo Thaíde, diferentemente do que se pode pensar, é a turma do underground quem arruma lugares para os rappers debutantes se apresentarem. A periferia comparece somente mais tarde.<br />
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1988 é um ano crucial. A gravadora Eldorado convida Rôo, do O Credo, grupo frequentador da São Bento, a selecionar outros nomes daquela cena nascente para gravar um LP. E assim faz: O Credo, Código 13, MC Jack e Thaíde & DJ Hum cravam cada um duas faixas em "Hip Hop cultura de rua". A coletânea alcança a marca de 60 mil cópias vendidas e faz de "Corpo fechado" seu grande abre-alas. Além desta, Thaíde & DJ Hum gravam "Homens de lei", ambas produzidas por Nasi e André Jung (Ira!). O sucesso de "Corpo fechado" e do disco garante à dupla uma dezena de shows pelo Brasil e o tapete vermelho para o primeiro álbum individual. Produzido por Nasi e Jung, Pergunte a quem conhece (Eldorado, 1989) reúne músicas como "Consciência", "Cláudio, eu tive um sonho", "Homens de lei", "Minha mina" (que tem, originalmente, uma citação de "Você", do ídolo Tim Maia, mas como o autor não autoriza, têm de destruir os 1500 LPs da primeira prensagem) e "Corpo fechado". O êxito comercial do disco leva a dupla pelo Brasil afora e a programas de rádios e de TV.<br />
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No entanto, o segundo disco de carreira, "Hip Hop na veia" (Eldorado, 1990), não repete o caminho de seu antecessor e decepciona a gravadora. "Precisávamos dizer que o hip hop não era uma cultura de moleques. Pregávamos a consciência e a responsabilidade", afirma em seu livro. O LP traz as músicas "Luz negra" e "Por um triz". Do outro lado, e no mesmo ano, os Racionais MCs injetam novo tônico ao incipiente rap nacional com seu disco de estréia, Holocausto Urbano. Descontentes com a Eldorado, Thaíde & DJ Hum assinam com a Independente TNT, que lançou em 1992 "Humildade e coragem são nossas armas para lutar". A independência deu resultado com o disco repercutindo bem, ancorado pelas músicas "A noite" e "Nada pode me parar".<br />
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No início da década de 90, o hip hop ganha mais vozes (Gabriel O Pensador, Pavilhão 9) e até um evento oficial com apoio da Prefeitura de São Paulo (Mostra Nacional de Hip Hop, 1993). Em paralelo, Thaíde & DJ Hum moldam uma homenagem ao povo tupiniquim, materializada no álbum Brava Gente (Hip Hop Brasil, 1994), e mais um petardo, "Afro-brasileiro", lançado em single pelo então recém-criado selo da dupla, o Brava Gente. A música integrou o disco seguinte, Preste atenção (Brava Gente/Eldorado, 1996), que revelou um dos grandes sucessos do rap nacional, "Senhor tempo bom", uma faixa memorialística com recortes da infância e da adolescência de Thaíde, e dos cenário da música negra brasileira dos anos 70 e 80. Outros marcos deste CD foram “Malandragem dá um tempo” e "Desabafo de um homem pobre", que revela o período de maior dificuldade emocional e financeira que o autor passava na época que antecedeu à gravação. O êxito comercial do álbum liquidou a crise de Thaíde, realimentando sua fé artística, e garantiu nos anos 1997 e 98 um grande circuito de shows pelo país.<br />
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Em nova gravadora, a dupla lança Assim Caminha á Humanidade (Trama, 2000), no mesmo ano em que viaja para Cuba e Thaíde para Assaré (CE), onde conhece o cordelista Patativa do Assaré (1909-2002), encontro que marcou sua carreira artística. Ainda em 2000, substituiu KL Jay, dos Racionais MCs, no comando do programa televisivo Yo!, da MTV. No período em que o hip hop ganha mais espaço (Casa do Hip Hop em Diadema, Academia Brasileira de Rimas, documentários teses, livros, novos discos e artistas), a parceria entre Thaíde & DJ Hum apresenta ranhuras, mas Assim caminha a humanidade é uma tentativa de superar a fase braba. Como remédio, convidam os camaradas do rap para festejar o momento que o "ritmo e poesia" nacionais vivem. SNJ, RZO, SP Funk, Sabotage (1973-2000), Estado Crítico, Xis e Nelson Triunfo participam do CD, que trouxe músicas como "Sangue bom" e "O desafio do rap embolada". As divergências e os projetos individuais superam os planos da dupla que, em 2001, colocou um ponto final na história.<br />
Nos anos seguintes, Thaíde amplia seu leque de atuação. Integra em 2002 a Edição Especial, banda do baixista Sérgio Bartollo que embala funk, soul, jazz e rap. Em 2003 é curador do Agosto Negro, festival de rap de origem cubana também realizado em São Paulo, e no ano seguinte publica o livro Pergunte a quem conhece: Thaíde (Labortexto), escrito em parceria com o jornalista César Alves, em que fala de sua trajetória no hip hop nacional. O livro traz um CD com a música “Caboclinho comum” e dois remixes, seu primeiro registro fonográfico depois do fim da parceria com o DJ Hum. Em 2006, o multimídia Thaíde destaca-se na dramaturgia ao encarnar Marcelo Diamante em Antônia, seriado que virou filme da cineasta Tata Amaral. Participa também de Caixa dois, de Bruno Barreto e o Filme Dois coelhos.<br />
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Com tanto trabalho, o disco solo demora para sair, mas em 2007 Thaíde Apenas tem a música dançante (o hit “Pra cima”), além de confirmar sua veia narrativa (“Pilantras de plantão” e “Expresso da favela”) e contar com o Z'África Brasil em “Zé Lirou Pipou”. No início de 2009, Thaide entrou no lugar de Rappin' Hood no comando do programa Manos e Minas (TV Cultura). Em 2010 foi para Band ser um dos apresentadores da A Liga.<br />
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Em 2017, participou, junto a sua esposa Ana Onofre, do reality show Power Couple Brasil exibido pela Record TV e apresentado por Roberto Justus, porém o casal foi o 2° eliminado do programa. Depois voltaram na repescagem promovida pela atração, ambos venceram à repescagem e voltaram para a disputa, sendo eliminados durante a Final do programa fincando em 4•Lugar entre 12 casais que disputavam o prêmio.
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Sn_aeDVbtNA" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-60045902543910839612018-01-31T17:42:00.002-08:002018-01-31T17:42:14.762-08:00Fernando Lima<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjculvTs5Q0i43oSWk3jX1CxHPcBPWsto51jMgelFGz6ylv2TJndFiMUvp-9PP8jeS7osUhzmkZs9WqN8ia_1rrRXzXaz39_Wsh0SyjJCgfMKA8sQHj84Hueh6HSuJy6GMw1WqJqHsQxBHy/s1600/Fernando-Lima-2-1017x1024.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1017" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjculvTs5Q0i43oSWk3jX1CxHPcBPWsto51jMgelFGz6ylv2TJndFiMUvp-9PP8jeS7osUhzmkZs9WqN8ia_1rrRXzXaz39_Wsh0SyjJCgfMKA8sQHj84Hueh6HSuJy6GMw1WqJqHsQxBHy/s320/Fernando-Lima-2-1017x1024.jpg" width="317" /></a></div>
Intimidade com a música, afinidade com a poesia e uma voz capaz de conquistar até os ouvidos mais apurados.<br />
O jovem cantor e violonista Fernando Lima reúne tudo isso e um pouco mais, afinal de contas já vai bem longe o tempo em que o garoto de 12 anos pegou seu primeiro instrumento musical, um cavaquinho, e arriscou os primeiros acordes.<br />
Seguindo uma tendência natural da época, Fernando Lima afinou seu cavaquinho, reuniu alguns amigos e montou seu primeiro grupo de samba nos anos 90, e ainda muito garoto conheceu os palcos de bares e casas noturnas da região de Guarulhos, na grande São Paulo.<br />
Com o passar do tempo e a experiência adquirida, Fernando resolve assumir um novo relacionamento musical e adota como seu fiel companheiro o violão.<br />
Misturando a malandragem típica do samba, com influências de música negra brasileira e americana, Fernando criou um estilo bem peculiar de interpretar as canções do vasto repertório da chamada MPB, e por onde passa o rapaz arranca elogios, conquista novos fãs e faz muitos amigos.<br />
Para Fernando cada possibilidade de subir ao palco sozinho ou com sua banda é uma grande diversão, um momento único, mas tudo com muito profissionalismo e seriedade.<br />
O currículo do músico já acumula apresentações e temporadas nos bares mais badalados da cidade, e entre eles estão o Bar Brahma, A Lanterna, o Bar Barô, Vila Duca, Chopp Time, Bar do Sargento, Praças de Shopping, além de diversos eventos corporativos em São Paulo e outras cidades.<br />
Em 2009 Fernando Lima deu início ao projeto de gravar seu primeiro disco solo de forma independente, e algumas faixas do novo trabalho já podem ser ouvidas em divulgação através da internet.<br />
Quem o conhece e já teve o prazer de ver uma de suas apresentações, sabe que o disco é resultado de muitas horas de palco e muita troca de energia com seu público, e não resta a menor dúvida de que no imenso mar de talentos musicais que o Brasil apresenta, Fernando Lima vai aos poucos garantindo seu espaço para continuar navegando pela boa música e conquistando mares e fãs pelo mundo afora.
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dA0f3BGZSeI" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-83950443621833873702018-01-18T03:40:00.000-08:002018-01-18T03:40:09.362-08:00Tiganá Santana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKlxFjb6FLPeXW3Ae2yYcksxv3uBEsmSDGdguUuCMMxNZE2fH_3WKsifqrQ-D1bxpqVcwUMwal8VvkmXfxfNIaxAlrmoxN0O3KjHTbtpfDG6PZH9T3DsDYg-CwtUwzAyYU2uaVZUZ-PWZ5/s1600/03_pgm_aprovado_627_mab.quadro068.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKlxFjb6FLPeXW3Ae2yYcksxv3uBEsmSDGdguUuCMMxNZE2fH_3WKsifqrQ-D1bxpqVcwUMwal8VvkmXfxfNIaxAlrmoxN0O3KjHTbtpfDG6PZH9T3DsDYg-CwtUwzAyYU2uaVZUZ-PWZ5/s320/03_pgm_aprovado_627_mab.quadro068.jpg" width="320" /></a></div>
Nascido em Salvador - BA, Brasil Tiganá Santana é um filósofo-poeta-músico.<br />
Tiganá compõe em Português, Kikongo, Kimbundo, Francês, Inglês e Espanhol.<br />
Tiganá compõe e canta em kicongo, kimbundo (línguas da Angola e do baixo Congo), mas também em iorubá, português, inglês, espanhol e francês.<br />
Suas letras profundamente místicas, inspiradas pela religião afro-brasileira do Candomblé, falam de elementos universais, quem somos e de onde viemos.<br />
Ele é iniciado na religião do Candomblé Congo-Angola, onde ocupa o cargo de Tata Kambondo.Tiganá Santana, cantor e compositor de 28 anos, com 12 anos de carreira, cresceu na cidade afro-brasileira de Salvador na Bahia, numa casa onde ele podia admirar as variações do mar.<br />
- Dependo das vistas para o mar, para o horizonte e para o universo, diz Tiganá.<br />
A visão do mar dá realmente um som poético na suas músicas.<br />
Tiganá explora a proximidade da música sacra afro-brasileira e Africana e foi elogiado por suas inovações neste campo, especialmente pelo governo brasileiro no reconhecimento da importância cultural e geracional de seu primeiro trabalho, Maçalê.<br />
Em 2010, ele recebeu convite para cantar na Cúpula Internacional das Nações Unidas, juntamente com a cantora Virgínia Rodrigues.<br />
Durante o mesmo ano, gravou um programa especial para a Rádio BBC Londres e participou de um dos maiores festivais de world music da Europa, o festival belga Sfinks, onde ele transmitiu um programa especial ao vivo para a Rádio Nacional Belga.<br />
Em Agosto de 2010, gravou um programa especial para TV4, o principal canal de televisão na Suécia, onde ele falou sobre a herança Africana na Bahia e no Brasil.<br />
Em Outubro de 2010, Tiganá se juntou, como palestrante e músico, à programação oficial da 29 ª Bienal de São Paulo, e foi uma das atracções artísticas do X Mercado Cultural da Bahia. Em 2011, Tiganá é convidado à uma turnê em 4 países da Europa, em salas prestigiosas como o Espace Senghor em Bruxelas e o Stallet na Suécia.<br />
Ele está preparando seu segundo álbum "Invenção da Cor" com a participação de artistas de diversos países.<br />
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/xNoKGJ1W92A" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-82265539382153537232018-01-14T13:26:00.002-08:002018-01-14T13:26:23.966-08:00Jauperi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcLF_nRcs42oxOgMbQmQf2ZnF6Zipy1-VSYEtmoEI-D3zfXvxeb4aGE6zgs0Z-g9P1ko3P7s2-547fIVeoqQICHY5PPLp1VnIPDW-nAPVk2bvxQu6hL-bwkGtKelOiY5IPFtuAHmqQ4BQs/s1600/jauperi.gif" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="264" data-original-width="609" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcLF_nRcs42oxOgMbQmQf2ZnF6Zipy1-VSYEtmoEI-D3zfXvxeb4aGE6zgs0Z-g9P1ko3P7s2-547fIVeoqQICHY5PPLp1VnIPDW-nAPVk2bvxQu6hL-bwkGtKelOiY5IPFtuAHmqQ4BQs/s320/jauperi.gif" width="320" /></a></div>
Jau, nome artístico de Jauperi Lázaro dos Santos (Salvador, 27 de setembro de 1970) é um cantor e compositor brasileiro, cujo estilo incorpora o axé.<br />
Dono de uma das mais belas vozes da música baiana, compositor gravado por diversos artistas locais como: Ara Ketu, Netinho, Cheiro de Amor, Pierre Onássis, dentre outros. Intérprete como poucos Jauperi foge dos rótulos musicais e vem constituindo seu próprio estilo, com base na sua trajetória e experiências.<br />
Com uma forte influência da música afro-baiana, Jau, como é carinhosamente chamado, foi, aos poucos, constituindo seu estilo próprio que agrada muito seus fãs.<br />
Aos 17 anos, entrou no Olodum e não parou mais, precocemente, foi agraciado com o prêmio de melhor composição no FEMADUM, Festival de Música e Artes do Olodum, grupo onde iniciou sua carreira e a partir do qual teve oportunidade de expandir sua carreira.<br />
Com a banda do Pelô, participou dos mais importantes Festivais de Música da Europa - Montreaux, Womad, Metisse Musique e teve a oportunidade de tocar com estrelas renomadas do cenário nacional, como Djavan, Marisa Monte e Paralamas do Sucesso e internacional, como: Paul Simon, Tracy Chapman, Wayne Shorter, Joan Baez e Courtney Pine.<br />
Já nessa época, começou a conquistar admiradores encantados com a beleza da sua voz.<br />
Mais tarde, em busca de vôos maiores, saiu do Olodum e deu início à sua carreira solo com a Banda Ifá gravou seu primeiro disco, homônimo à banda, que teve músicas estouradas no eixo Rio - São Paulo e reagravadas por artistas baianos, como "Topo do Mundo" e "My Love".<br />
A partir deste trabalho, Jauperi foi conquistando outros admiradores. Não abrindo mão da influência do olodum, ele abusa dos instrumentos percussivos e de letras que remetem à cultura negra.
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BKoiJr98t4I" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-72982385081775644662018-01-14T09:24:00.001-08:002018-01-14T09:24:28.671-08:00Tássia Reis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtvKZKpqJcIej839-gcPCD_tn2Q_dGM7BQp3avmXgTu08diDBwIo5axgCV9oq0BOC9gFhA4ieOfbazfvUVVsz87HIdU6KvOQYYlgi4pnddi9oH3vHMz6u6CaKxY_vifsFpqCYnCgsNwcpy/s1600/x_MG_9367.jpg.pagespeed.ic.6VjSp1OUjF.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="550" data-original-width="1265" height="139" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtvKZKpqJcIej839-gcPCD_tn2Q_dGM7BQp3avmXgTu08diDBwIo5axgCV9oq0BOC9gFhA4ieOfbazfvUVVsz87HIdU6KvOQYYlgi4pnddi9oH3vHMz6u6CaKxY_vifsFpqCYnCgsNwcpy/s320/x_MG_9367.jpg.pagespeed.ic.6VjSp1OUjF.jpg" width="320" /></a></div>
Tássia Reis poderia simplesmente ser definida pelas suas características artísticas, como compositora e cantora, e já seria suficiente para que se escutasse com atenção este segundo trabalho da artista nascida em Jacareí há 27 anos, que faz do hip hop sua arma contra e à favor do mundo. Mas ela é bem mais que isso – é uma usina criativa de convicções, em que seu discurso tão feminista quanto libertário (nas mais diversas vertentes, da intolerância à opressão emocional) dita canções sublimes, embaladas por sua doce voz em gêneros abertos, do rap ao reggae.<br />
Tássia demorou a se entender artista. Durante a adolescência fez parte de grupos de dança urbana em Jacareí. Foi quando descobriu a Cultura Hip Hop e canalizou sua veia criativa para escrever dentro dos gêneros que este abrangia.<br />
Estava tão acostumada a ouvir Clara Nunes por influência da mãe quanto Jackson 5 por influência do pai e os raps de Sabotage, RZO, Expressão Ativa e Racionais MCs por força do irmão. Sua caneta correu ligeira em textos que já vinham acompanhados de melodias, com propostas de harmonias e arranjos.<br />
Foi assim que depois de se mudar para São Paulo, aos 20 anos, e concluir o curso de graduação em Moda, aceitou os elogios que sempre recebia por sua voz e colocou em estúdio na canção “Meu Rapjazz”. Era para ser parte de uma mixtape só de mulheres, que não vingou. Mas a canção serviu como trampolim para sua carreira.<br />
Lançada na Internet, a aceitação foi imediata, o que levou a equipe que começou a acompanha-la a produzir um clipe para a música. No primeiro dia, ao chegar a 10 mil views, ela teve certeza que acertara. Tanto que exato um ano depois saiu seu primeiro EP, batizado com seu próprio nome.<br />
Enquanto isso, sua participação em projetos foi crescendo. Foi convidada para cantar com Marcelo D2, gravou com Izzy Gordon, fez shows com a banda de jazzrap Mental Abstrato, foi para o universo das rimas femininas no projeto “Rimas e Melodias”, entrou para a discussão de gêneros que sempre propôs no “Salada de Frutas” e a posição política a levou a novas composições, que culminam neste “Outra Esfera”.<br />
“Não é Proibido”, que abre o trabalho, narra a questão de limites, da cobra mordendo o próprio rabo quando você é tão limitado quanto a limitação que oferece ao outro. E reflete uma metalinguagem em camadas etéreas que tornam a música impossível de ser catalogada no limite de um gênero.<br />
“Ouça-me” é um rap mais visceral que solta gritos presos na garganta, de opressões. Já “Desapegada” traz um clima mais suave e até jazzístico em discurso que fala do apego contemporâneo e da proposta do desapego ao tóxico.<br />
“Semana Vem” contrabalança um texto de discurso abusivo em reggae doce. O trabalho já vira para um rap mais vigoroso, “Da Lama/Afrontamento”, onde Tássia se baseia no assassinato do irmão de uma amiga para refletir sobre o racismo estrutural brasileiro e na discriminação que culmina com situação tangente a genocídio da juventude negra.<br />
O single do disco é “Se Avexe Não”, com sua reflexão de mágoas reservadas, opressões e oprimidos e liberação dessa somatização em um clima de soul music e doses de samba.<br />
<br />
Fecha com “Perigo”, que é a abertura de comportas da canção anterior, da emotividade liberada e da vivência intensa.<br />
Intensa talvez seja a palavra que define o trabalho. Intensa é “Outra Esfera”. Intensa é Tássia. Dentro de toda sua suavidade.
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/GUewqwP02VA" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-55503537498450815362018-01-13T18:21:00.003-08:002018-01-13T18:21:49.851-08:00Daúde<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkClwjRGYQjbmY7VAgmKdU04acy71krveCOSqhdKdQp77iddKXBG04pXuuOAMpEk7bvCg0c1ALcLxTk-331VYWzli_eJgSvIuTSLGpuny1U-mZ6KqpYJfL0dXDY3LjeuN4oQeVJ4OLOy2/s1600/Da%25C3%25BAde_cropped_3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1475" data-original-width="1120" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIkClwjRGYQjbmY7VAgmKdU04acy71krveCOSqhdKdQp77iddKXBG04pXuuOAMpEk7bvCg0c1ALcLxTk-331VYWzli_eJgSvIuTSLGpuny1U-mZ6KqpYJfL0dXDY3LjeuN4oQeVJ4OLOy2/s320/Da%25C3%25BAde_cropped_3.jpg" width="242" /></a></div>
"Nasci numa cidade abençoada.<br />
Vivi num gueto onde o cantar dos grilos, dos galos e o barulho do brejo eram de pura sinfonia.<br />
Talvez por isso tenha a alma lavada e repleta de música.<br />
<br />
Passei minha infância ouvindo meu avô e os meus tios seresteiros tocando e cantando. Sinhô, Lupicínio, Luiz Gonzaga, Erivelto Martins, Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Jararaca e Ratinho e tantos outros.<br />
<br />
Meu pai, com a sua discoteca, me apresentou a Martinho da Vila, Mestre Marçal, Monsueto, Jackson do Pandeiro, às músicas sertanejas, a Pixinguinha, Villa-Lobos, a todos os hinos militares (o hino da marinha era o mais bonito!), às big bands, aos sambas de roda e a seu repertório saxofônico e clarinêtico.<br />
<br />
Minhas tias me ofereceram Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Vanderléia, Vanusa, Antônio Marcos, Gil, Gal, Bethânia, Caetano, Chico Buarque, Rolling Stones, Beatles, Serge Gaisbourg (J'ai taime moi non plus), Jorge Ben (Ela não gosta mais de mim, mas eu gosto dela mesmo assim, que pena! ), Leno e Lilian, MPB 4, Eduardo e Silvinha Araujo e por aí vai.<br />
<br />
Minha mãe ofertou com carinho Dalva de Oliveira, Ângela Maria, Claudia Barroso, Núbia Lafayete, Nicinha Batista, Elizete Cardoso, Dolores Duran, Emilinha Borba e Marlene, todos os hinos religiosos e as cantigas de ninar.<br />
<br />
Já no Rio, a cultura de rádio na minha adolescência foi fatal e total. Pela primeira vez, através do projeto Minerva, escutei Patativa do Assaré. As rádios Tamoio e Mundial incumbiram-se de me apresentar Marvin Gaye, Barry White, James Brown, Stevie Wonder, Diana Ross, Tina Turner, Donna Summer, Tanita Tikaran, Michael Jackson and Jackson Five, Chaka Kann, Santana, Sta. Esmeralda, Slade, Genesis, The Who, Pink Floyd, Lou Reed e Roberta Flack.<br />
<br />
Vi a MPB estourar nas FMs. Novos Baianos, Secos e Molhados… dançava e cantava todas as músicas de cor e salteado. Assim, decidi mesmo cantar e passei a perceber as técnicas usadas pelos cantores.<br />
<br />
Todas essas influências fazem parte da minha vida. Todas tão naturalmente presentes e necessárias, quase orgânicas."<br />
<br />
Daúde<br />
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DA7zLV3wiGg" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-71471961401418513312018-01-05T16:24:00.001-08:002018-01-05T16:24:15.475-08:00Rosa Marya ColinRosa Marya Colin (Machado, 27 de fevereiro de 1946) é uma atriz e cantora brasileira.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYrCyp4MOYqSSaWH9kE9LXNsfAdPH5Sk8Jly9edrVzEgI7x5QdUgca2zOqyWRghIvRFk6jdiynZURbt7eAocOkguIvtYXX89sr6lPBaaYtgVdQscUem_3zwthcJp-U9TAi_ZExbWpo34pk/s1600/Rosa_maria.int_.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYrCyp4MOYqSSaWH9kE9LXNsfAdPH5Sk8Jly9edrVzEgI7x5QdUgca2zOqyWRghIvRFk6jdiynZURbt7eAocOkguIvtYXX89sr6lPBaaYtgVdQscUem_3zwthcJp-U9TAi_ZExbWpo34pk/s1600/Rosa_maria.int_.jpg" /></a></div>
<br />
Cantora mineira, mais conhecida apenas como Rosa Maria, começou a carreira no Rio de Janeiro aos 18 anos, cantando bossa nova e jazz no Beco das Garrafas, depois de trabalhar como operária. Com o registro grave de sua voz, adaptou-se bem ao repertório jazzístico, e em 1965 gravou o primeiro disco pela Odeon. Depois disso fez shows por todo o Brasil, participou de programas de televisão e atuou na primeira montagem brasileira do musical "Hair". Também trabalhou no México, onde teve bastante êxito cantando em um hotel. A partir do início da década de 80 firmou-se como cantora de jazz, tocando ao lado da Tradicional Jazz Band. Com alguns discos gravados mas ainda pouco conhecida depois de mais de 20 anos de carreira, uma gravação despretensiosa para um comercial de televisão em 1988 alçou-a ao topo das paradas. Uma regravação "cool" de "California Dreamin'", do grupo The Mamas And The Papas, para uma loja de departamentos tornou-se o seu grande sucesso, nunca mais repetido. No fim dos anos 90 mudou o nome para Rosa Marya Colyn.<br />
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Discografia<br />
<br />
Uma Rosa com Bossa (1965) - Odeon<br />
California Dreamin'/Summertime II (com Tony Osanah) (1969) - Eldorado<br />
Vagando (1980) - Eldorado<br />
Céu Azul (1981) - Gravan
<iframe allow="encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/F7hGu3V9e20" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-42635312291256641662017-12-18T05:25:00.001-08:002017-12-18T05:25:37.416-08:00Edson Gomes <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSJgv3elg_4bSKDaetpEsxw7TLiStPLN0Sgrbh1JEEBUpnnhVWDogydiol4wgu_2WtH5tGU1NRgy0xW7ZyKFA3c-UJEogUJWTKcD8vFXcMnofP3i3EzuVYvUs9DokE-MX0gsBHAzFhw9GG/s1600/edson-gomes.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="400" height="230" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSJgv3elg_4bSKDaetpEsxw7TLiStPLN0Sgrbh1JEEBUpnnhVWDogydiol4wgu_2WtH5tGU1NRgy0xW7ZyKFA3c-UJEogUJWTKcD8vFXcMnofP3i3EzuVYvUs9DokE-MX0gsBHAzFhw9GG/s320/edson-gomes.png" width="320" /></a></div>
Nascido em Cachoeira, a 120 km de Salvador, Edson Gomes pensava em ser um craque de futebol. Aos 16 anos, porém, a tendência musical foi mais forte e ele abraçou a carreira artística, ao ganhar o 1º lugar em um festival estudantil do colégio estadual de sua cidade natal. A música era "Todos Devem Carregar Sua Cruz". As dificuldades do inicio da carreira fazem o jovem Edson Gomes abandonar os estudos e lançar-se no mercado de trabalho.<br />
Edson parte para São Paulo em 1982 e se emprega no setor de construção civil. Paralelamente, o cantor tece seu caminho musical: grava um compacto simples, como melhor intérprete do Festival Canta Bahia, e um outro pelo Troféu Caymmi, quando ganhou com a musica Rasta.<br />
Seis anos depois, em 1988, gravou o disco Reggae e Resistência, de onde saiu seu primeiro hit nacional: a romântica Samarina.<br />
Nesse trabalho já estava delineado seu estilo: um roots reggae engajado, profundamente inspirado por Bob Marley e Jimmy Cliff. Foi o primeiro disco lançado pela EMI.<br />
Em 1990, lança seu segundo disco, Recôncavo. Em 1992, sai o terceiro LP, Campo de Batalha. O sucesso se espalha pelo Nordeste e pelo Brasil. Em 1996, Edson abre o show de Alpha Blondy em Salvador, realizado no Costa Verde Tênis Clube, onde tocou para quase 22.000 pessoas que cantaram suas musicas. Foi o maior evento de reggae do ano na Bahia.<br />
O quarto disco, "Resgate fatal", chega em 95, com sucesso absoluto de vendas e de rádios, emplacando a canção Isaac. Apocalipse, lançado em 1999, traz músicas contundentes como Camelô (Edson Gomes / Zé Paulo Oliveira), O país é culpado e Apocalipse (também do autor); porém, Edson explora seu lado romântico em canções como Perdido de Amor (que chegou a ser gravada pela Timbalada), Amor Sem Compromisso, Me Abrace e outras. Seu mais recente álbum foi lançado no ano passado e se chama "Acorde, Levante e Lute".<br />
No mesmo ano de 1999, Edson deixa a gravadora EMI, que resgata os sucessos antigos do reggaemen, lançando-os na coletânea dupla Meus Momentos, com grande aceitação do público.<br />
O cantor tem uma legião fiel de seguidores, devido aos dramas sociais do cotidiano, embora não tenha uma grande fama nacional, devido a suas críticas a vários setores da sociedade. Em 2001, lançou seu primeiro disco independente, Acorde, Levante e Lute.<br />
Seu trabalho mais recente é Ao Vivo em Salvador, seu primeiro CD e DVD ao vivo, registro de um show no parque aquático Wet'n'Wild de Salvador, Bahia, em dezembro de 2005.
<iframe allow="encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wZ7m44kw-hk" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-70204330904661624882017-12-07T12:46:00.003-08:002017-12-07T12:48:24.015-08:00 Anelis Assumpção <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip8E3vkwoSk_BlHzHOqHXFjXdeWYqLdAI-9Xmh1YIIENnuQEVHQh14w5vNPOQKKye7-qwl8l_Sgk-oPlGvomPpmtvlHTKRqDjJZ_ByeUgTUnH6XmMmbmmBsrPCSzmL6x4V7XcXDsjl5bNp/s1600/23905491_1961438390539314_5111802587930259173_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip8E3vkwoSk_BlHzHOqHXFjXdeWYqLdAI-9Xmh1YIIENnuQEVHQh14w5vNPOQKKye7-qwl8l_Sgk-oPlGvomPpmtvlHTKRqDjJZ_ByeUgTUnH6XmMmbmmBsrPCSzmL6x4V7XcXDsjl5bNp/s320/23905491_1961438390539314_5111802587930259173_n.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">É nesse retrato do agora que Anelis Assumpção aparece com disco novo. Seu segundo disco. Depois de gerar um filho e digerir mais da vida, ela manda na lata "Cê tá com tempo? Eu tô aqui pra jogar conversa dentro". E aí você desfragmenta de imediato. No trânsito, na rede, no corre ou no mole. Como não? Quem pede é uma mulher com dicção clara e um timbre que suaviza o que tá dentro e o que tá fora. Cremoso. Tô dentro, Anelis! E assim o disco começa, com essa sedução direta. Um convite na reta. Vamos nessa. Me leva! Tô com tempo. Aceito. "Eu gosto assim", diz uma das músicas. Como é bom começar gostando e seguir com vontade de gostar.</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Quando você escuta um disco por uns dias ele entra na sua língua, você aprende a cantar junto, deixando as letras entrarem um pouco ou muito na sua história. Todo mundo vira intérprete quando engole um disco. "Anelis e os Amigos Imaginários" é um disco desses de se engolir. De se viver e desfrutar cada pedaço-trecho, cada faixa-fatia. E inteiro.</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">O trabalho foi produzido pela cantora e pelos músicos arretados Bruno Buarque, Cris Scabello, MAU e Zé Nigro. Uma produção coletiva e certeira que é sentida sutilmente na assinatura individual de cada um. </span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Não pra menos, eles fazem parte da banda que acompanha Anelis desde o começo de sua carreira solo e que agora dá nome ao disco: ‘Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários'.</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Nome encontrado pra banda numa coxia da vida, aquele momento único. Pimba!</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Além dos rapazes, a banda conta com a guitarrista Lelena Anhaia e o trombonista Edy Trombone no bando. Essa liga coesa entre pessoas que tem intimidade e compatibilidade sonora e gentileza poética para transitar entre os versos e frases sugeridas por Anelis, fazem a diferença absoluta para a sonoridade do disco. Eles se completam. Anelis e seu bando trocam fluídos o a cada frame canção. E se divertem. Um disco de bando. Um som de banda.</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Quase que ao vivo, possibilidade para mestres e íntimos. Neste caso. Temos os dois.</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Está tudo nítido, baixo, bateria, guitarras, teclados, efeitos, voz. Mérito também do nova-iorquino Victor Rice, produtor e mestre em sonoridades jamaicanas, responsável pela elegante mixagem das músicas. </span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Afinidade já sentida em Not Falling, single produzido e lançado em 2012 por Anelis e os Amigos Imaginários ( na época a banda ainda não tinha este nome) e mixado pelo mestre Victor com direito a uma dub version no lado B do compacto. Um luxo!</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Aliás, todas as faixas de 'Anelis Assumpção e os Amigos Imaginários', contam com versões dub que 'um dia serão lançadas', o que nos dá a deliciosa sensação de que poderemos desfrutar ainda mais dessa brincadeira de bando sem fim. </span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">Segura, suave, forte, Anelis canta o amor, a individualidade, o tempo e os nós. É spiritual but not religious. Faz love songs unissex. São onze músicas e um poema falado. A voz contralto surpreende em agudos sutis, sussurros roucos e graves firmes. Impossível não ficar seduzida pelo seu canto. Das canções, três são em parceria. “Devaneios”, com o baiano swingado Russo Passapusso é uma música para se dançar. Deixar-se levar pelo baixo, programações + Russo e Anelis. Nela, a filha de Itamar Assumpção, morador da Penha e criador de orquídeas, canta “na minha casa no cume da Lapa por entre as camélias” e você pode sentir sua origem. Um pouco no som e muito no jardim de Anelis. “Declaração” junta a cantora com Céu e Kiko Dinucci, que recita a letra e toca uma guitarra al dente. A música é a cara dos três, fala dos “impostos do coração” (no sentido de tributos) e é completada por Rodrigo Campos na guitarra e no coro. E por falar em entrosamento, o rock “Minutinho”, feita com os irmãos Alzira E. e Jerry Espíndola e o poeta Arruda, confirma a liga entre entre eles que são parceiros frequentes (o primeiro disco traz duas parcerias com os irmãos Espíndola).</span></span><br />
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;"><br /></span></span>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12px;">As outras faixas são só de Anelis. Todas e inteiras. “Cê tá com tempo” abre o disco no atemporal e no meio dela Cris Scabello manda um riff de guitarra que te faz querer seguir em frente. Mais ainda. Em “Eu gosto assim” Anelis diz que “pra me sacar não tem segredo”. Balada com tempero latino e congas de Maurício Badé. Gostosa. “Mau Juízo” tem toques de dub classudo. O disco tem a força e a graça dos arranjos de metais feitos por Anelis, Zé Nigro e Edy Trombone. A balada roots “Inconcluso” é cantada deliciosamente em castellano y habla de um homem inacabado, em processo. Assim como todos os homens que existem dentro da gente. Em “Por que” Anelis acerta dentro. Bate no passado e no futuro e você acha que a música foi feita pra você. “Toc toc toc” traz a conclusão de que estaremos sempre no risco. Só que na pista. Em “Song to Rosa” Anelis recebe as amigas Céu e Thalma de Freitas, suas parceiras no trio Negresko Sis. Juntas, tecem melodias que ficam no “repeat” da cabeça (a música recebeu o olhar da videoartista/cantautora Ava Rocha e está disponível no Youtube no canal de Anelis). “Deuso Deusa” é a última música do disco. Ritualiza o fim e propõe um começo. Orikí mantra canto reza som. </span></span><br />
<iframe allow="encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fAfwLgIWY0I" width="560"></iframe>
Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-8619500506496116802017-12-07T11:53:00.001-08:002017-12-07T11:53:30.968-08:00Arnaud Rodrigues<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSHetX1z3nXWpH6LBpmgbZ1gCvutZ9WXYZZmrlud0ObabgKxoPBiaHcg8-aVEl2EgDCxSbDWMSEGnIU4Cmx8UQVxLULcFwir9Gl0ejg2EuYNhD8MkicmTgfIuX2YnVqCmYCbi7TDMp9D6a/s1600/ator0217.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="232" data-original-width="412" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSHetX1z3nXWpH6LBpmgbZ1gCvutZ9WXYZZmrlud0ObabgKxoPBiaHcg8-aVEl2EgDCxSbDWMSEGnIU4Cmx8UQVxLULcFwir9Gl0ejg2EuYNhD8MkicmTgfIuX2YnVqCmYCbi7TDMp9D6a/s320/ator0217.jpg" width="320" /></a></div>
Antônio Arnaud Rodrigues (Serra Talhada, 6 de dezembro de 1942 — Lajeado, 16 de fevereiro de 2010) foi um ator, cantor, compositor, redator e humorista brasileiro.<br />
Trabalhou nos programas de Chico Anysio na TV Globo e em vários outros programas humorísticos, tanto como ator quanto como redator.<br />
Na década de 70 formou com Chico e o instrumentista Renato Piau o grupo musical Baiano & os Novos Caetanos, no qual interpretava o cantor Paulinho Cabeça de Profeta.<br />
A iniciativa rendeu três discos de estúdio, alavancando também a carreira de músico de Arnaud, que acabaria lançando mais alguns álbuns a solo.<br />
Em 1978 Arnaud Rodrigues gravou a faixa A Carta de Pero Vaz de Caminha, integrada no disco Redescobrimento, o primeiro reggae gravado no Brasil.<br />
Arnaud Rodrigues é também creditado como um dos precursores do rap brasileiro. A sua faixa, Melô do Tagarela, que foi lançada em compacto pela RCA em 1979 e cantada e falada por Luiz Carlos Miéle, sob uma sampleiada de Rapper's Delight, do grupo americano Sugarhill Gang, foi a primeira versão de um rap gravado no Brasil.<br />
Na teledramaturgia teve alguns trabalhos marcantes, como o Cego Jeremias, cantor ambulante da versão de 1985 da novela Roque Santeiro, além do imigrante nordestino Soró, personagem ingênuo e bem-humorado criado pelo escritor Walter Negrão para a novela Pão Pão, Beijo Beijo.<br />
Soró fez tanto sucesso entre o público que Arnaud voltaria a interpretá-lo no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz.<br />
Na década de 1980 integrou o grupo de humoristas do programa A Praça é Nossa sob o comando do veterano Carlos Alberto de Nóbrega, onde interpretou personagens como "O Povo Brasileiro" (sempre pobre e cansado), o mulherengo "Coronel Totonho", e o cantor sertanejo "Chitãoró" (uma sátira à dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, no quadro "Chitãoró e Xorãozinho" onde atuava ao lado do comediante (e posteriormente diretor da Praça) Marcelo de Nóbrega.<br />
Em 1999, após realizar dois shows na cidade de Palmas, decidiu se mudar com a família para o Tocantins, onde assumiu a função de dirigente do Palmas Futebol e Regatas.<br />
Em 2004 deixou a Praça para se dedicar a seus shows solo e ao futebol, mas em 2010 planejava seu retorno ao elenco do humorístico, além da produção de um programa de variedades em um canal de televisão Tocantins.<br />
No dia 16 de fevereiro de 2010, Arnaud estava com mais dez pessoas em um barco no lago da Usina de Lajeado, a 26 quilômetros de Palmas, capital do Tocantins quando, por volta das 17:30, a embarcação virou devido a uma forte chuva com ventania característica da região nessa época do ano. Nove ocupantes do barco (entre eles a esposa do humorista e dois de seus netos) foram resgatados por moradores da região, mas o corpo de Arnaud só seria encontrado pelos bombeiros horas mais tarde, enquanto o piloto do barco permanecia desaparecido. Apesar de saber nadar, o longo tempo de permanência na água, provavelmente tornou fatal o ocorrido.<br />
<br />
Carreira:<br />
Televisão<br />
1972 - Linguinha .... Espião<br />
1973 - Chico City .... Paulinho<br />
1975 - Azambuja & Cia (seriado) .... Bililico<br />
1982 - Lampião e Maria Bonita (minissérie) .... motorista (participação especial)<br />
1983 - Pão Pão, Beijo Beijo (telenovela) .... Soró<br />
1983 - Bandidos da Falange (minissérie) .... Gaguinho<br />
1984 - Partido Alto (telenovela) .... Mr. Soul<br />
1985 - Roque Santeiro (telenovela) .... Cego Jeremias<br />
1987 - Expresso Brasil (telenovela) .... Cego Jeremias<br />
Cinema[editar | editar código-fonte]<br />
1971 - O Doce Esporte do Sexo<br />
1973 - Uma Negra Chamada Tereza<br />
1984 - Os Trapalhões e o Mágico de Oróz<br />
1984 - A Filha dos Trapalhões<br />
Discografia[editar | editar código-fonte]<br />
1970 - Sound & Pyla (LP)<br />
1970 - Tilim - Trilha Sonora da Telenovela (LP)<br />
1974 - Murituri (LP)<br />
1974 - Baiano & Os Novos Caetanos volume 1 (LP)<br />
1975 - Baiano & Os Novos Caetanos volume 2 (LP)<br />
1976 - O Som do Paulinho (LP)<br />
1977 - Cuca Fresca (LP)<br />
1978 - Redescobrimento (LP)<br />
1982 - Baiano & Os Novos Caetanos - A Volta (LP)<br />
1985 - Sudamérica (LP)<br />
1987 - Arnaud Rodrigues (LP)<br />
1998 - Coronel Totonho - vol.2 (LP)
<iframe allow="encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/sPGT12yv3JQ" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-31742191291356619782017-11-24T02:18:00.002-08:002017-11-24T02:18:19.499-08:00Max Viana <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Max Viana nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1973, é filho do músico Djavan. Em suas influências musicais estão ritmos como jazz, soul music, black music, MPB e flamenco.<br />
<br />
Largou a faculdade de Economia para estudar no Guitar Institute of Technology, em Los Angeles, onde teve aulas com feras como o guitarrista Scott Henderson.<br />
<br />
Ao voltar para o Brasil tocou com o charmeiro Edmon, gravou com Zé Ricardo, integrou a banda Sindicato Soul por três anos ao lado do vocalista Sergião Lorosa (atual Monobloco). Fez parcerias com Jair Rodrigues em canções como "Domingo de Verão" e "Prazer e Luz".<br />
<br />
Em shows de Bernardo Lobo, dividiu palco com Chico Buarque, Milton Nascimento e Edu Lobo.<br />
<br />
Investiu em aulas de canto para defender as músicas que escrevia. Foi em 98 a partir de "Bicho Solto" que Max passou a participar dos discos e shows do pai, foram três anos de estrada.<br />
<br />
Nesse mesmo ano deu inicio a gravação do que viria a ser o seu primeiro disco solo "No Calçadão", que devido às gravações de "Milagreiro", de Djavan, teve de esperar até o ano de 2003.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dkODtCPUek0" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-78420814072684181082017-11-13T03:19:00.001-08:002017-11-13T03:19:30.984-08:00Jair Oliveira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Jair Oliveira (São Paulo, SP, 17 de março de 1975), outrora Jairzinho, é músico brasileiro e filho do também cantor Jair Rodrigues e irmão da cantora Luciana Mello. É casado com a atriz Tânia Kalil.<br />
Quando criança, fez parte da turma do Balão Mágico que tinha programa na Rede Globo de Televisão e, durante a década de 1980, obteve grande sucesso entre o público infantil.<br />
Após o fim do Balão Mágico, fez carreira ao lado de Simony com relativo sucesso, mas após um tempo abandonou a carreira e dedicou-se aos estúdios de música nos EUA.<br />
<br />
Ao lado da irmã e de outros músicos, filhos de famosos: João Marcelo Bôscoli, Pedro Mariano, Max de Castro, Wilson Simoninha e Daniel Carlomagno, lança trabalho inovador, registrado pela gravadora Trama e inicia sua nova fase pela música popular brasileira.<br />
Em sua carreira solo, Jair Oliveira marca sua estréia, ainda como Jairzinho, em "Dis'ritmia". Na seqüência, o músico, produtor e cantor se registra artisticamente como Jair Oliveira e lança 'Outro'. Seu terceiro trabalho solo, também pela gravadora Trama é dividido em duas partes, os cds 3.1 e 3.2. Este último lançado para ser baixado gratuitamente pela Internet.<br />
<br />
Após parceria de sucesso e de grande crescimento e desenvolvimento profissional, Jair Oliveira transcende seu talento e lança em 2006 seu cd 'Simples', independente, pelo selo S de Samba, onde é um dos sócios.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1xp3e8zC4o4" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-51251768519209121262017-11-13T03:11:00.002-08:002017-11-13T03:11:39.225-08:00Max de Castro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Max de Castro (Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1972) é um cantor, compositor, multiinstrumentista, produtor e arranjador brasileiro.<br />
<br />
Em 2000 lançou “Samba Raro”, produzido, arranjado, tocado e composto por ele. O álbum teve ótima receptividade de público, crítica e amigos músicos – Ed Motta o classificou como trabalho de “gênio”, Nelson Motta diz que é um dos melhores discos já lançados e Lobão o convidou para produzir a faixa “Decadence avec elegance”. Max de Castro recebeu o prêmio APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte - como Revelação em 2000.<br />
<br />
Em 2001 produziu faixas nos discos de Roberto Frejat, Paula Lima, Kid Abelha, Leandro Lehart,Tom Zé, além de remixes para Ed Motta, Fernanda Porto, Wax Poetic. Seu trabalho também teve boa repercussão internacional, principalmente nos Estados Unidos e Europa, onde passou a tocar regularmente. Em 2002, após lançar seu segundo disco, Orchestra Klaxon, Max de Castro apareceu na capa da revista americana Timea o lado de Shakira e outros, numa reportagem especial sobre as novidades da música global.<br />
<br />
Eleito pela APCA como o artista do ano de 2005, após o lançamento de seu terceiro álbum “Max De Castro”. No mesmo ano ainda colaborou com DJ Suv do aclamado grupo ingles Roni Size Reprazent, e lançou exclusivamente na inglaterra um single com a música “Febrery. Na França lançou um ep com o DJ Kid Loco. Ao voltar mais uma vez à Europa estendeu sua turne pela primeira vez aos países do leste europeu como Russia e Ucrania.<br />
<br />
Seu último álbum, "Balanço das Horas", lançado em 2006, esteve novamente em várias listas como um dos melhores lançamentos daquele ano. Música Pop, samba, hip hop, jazz, post-rock, dub, soul music, funk batidas eletrônicas, efeitos e distorções estão no arsenal de Max. Com as mais variadas referências, seu trabalho cresce a cada nova audição, requer atenção em cada detalhe, cada curva e cada acorde tem histórias acumuladas.<br />
<br />
Em 2008 além de ter produzido o disco de seu irmão Wilson Simoninha, “Melhor”, tem se dedicado também a direção e concepção de shows especiais como foi o caso de “As curvas da estrada de Santos-uma viagem pela obra de Roberto Carlos” que além dos arranjos e direção de Max contou com a participação de Zé Renato, Vania Abreu, Bruno Morais e Pedro Mariano. E também “Os Afrosambas” um tributo ao álbum de Baden e Vinícius que Max reinterpreta essas canções ao lado da cantora Fabiana Cozza.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fz8W3VzmjoE" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-40675784868966580332017-11-13T03:03:00.001-08:002017-11-13T03:03:07.698-08:00Simoninha <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Wilson Simoninha é filho de Wilson Simonal, uma das grandes vozes dos anos 60 e dono de um balanço e divisões rítmicas de primeira.<br />
Do pai, além do timbre vocal e da semelhança física, herdou o nome, que modificou um pouco para diferenciar-se.<br />
Simoninha lançou o CD "Volume 2", bem recebido pela crítica, praticamente na mesma época em que seu irmão, Max de Castro, saiu no mercado com "Samba Raro". Em seu trabalho, evocou uma MPB dos anos 60, passando pelo soul, samba e bossa nova.<br />
<br />
Homenageou o pré-bossanovista Johnny Alf com "Eu e a Brisa" e Jorge Ben Jor na vinheta "Mas Que Nada" e na suingada "Bebete Vãobora", com releitura eletrônica. Ben Jor, aliás, é autor de um dos maiores sucessos na voz de Wilson Simonal, "País Tropical".<br />
Simoninha assinou "Orgulho", dividiu parceria com Bernardo Vilhena em "Aquele Gol" e cantou "Agosto", do irmão Max de Castro.<br />
<br />
O cantor praticamente saiu do berço trabalhando. Aos seis anos, fez a voz do personagem Cebolinha no disco "A Turma da Mônica".<br />
Nos anos 80, integrou a Banda do Zé Pretinho de Jorge Ben Jor, que na época ainda assinava Jorge Ben; também formou a Suite Combo, ao lado de João Marcello Bôscoli, hoje diretor da gravadora Trama, responsável por "Volume 2". Nos anos 90, Simoninha trabalhou na produção do Free Jazz e do Hollywood Rock.<br />
<br />
Em 1995, participou do disco "João Marcello Bôscoli & Cia". Recentemente, apareceu em "Artistas Reunidos", registro ao vivo de um show que reúne ele, o irmão Max de Castro, dois filhos de Jair Rodrigues — Jairzinho e Luciana — e Pedro Camargo Mariano, filho de Elis Regina e meio-irmão de João Marcello.<br />
Simoninha ainda atua nos bastidores da música, como diretor de uma das subdivisões da Trama, cuidando de nomes como Baden Powell, Demônios da Garoa e a Banda de Pífanos de Caruaru, entre outros.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/2MGOyvdGRcs" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-15367369581856385792017-11-13T02:57:00.001-08:002017-11-13T02:57:18.934-08:00Wilson Simonal <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Wilson Simonal de Castro nasceu no Rio, em 1939. Ao servir o exército começou a cantar nas festas do regimento. Depois da baixa das forças armadas começou a cantar em shows, principalmente rocks e calipsos, cantados em inglês. Por volta de 1961 foi descoberto pelo produtor e compositor Carlos Imperial e aí começa sua carreira profissional. Em 1963 é lançado pela Odeon o LP "Wilson Simonal tem algo mais", com arranjos do veterano Lyrio Panicali. Esse disco contava com sucessos da bossa nova como "Telefone" e "Menina flor". "Amanhecendo", de Roberto Menescal e Lula Freire, que tinha uma gravação bem sucedida com "Os Cariocas", recebeu aqui um tratamento suingado, jazzístico, com um resultado impressionante. Não havia dúvidas, estava ali um potencial grande cantor. Comprei agora os CDs para ouvir de novo algo que não ouvia há uns bons 40 anos e confirmei que ainda gosto. Surpreendeu-me a voz jovem do cantor principiante. (Um parêntese, é um saco ser obrigado a comprar uma caixa de 8 CDs, ou como me aconteceu recentemente com Nara Leão, uma caixa de 14 — que não comprei).<br />
<br />
O LP seguinte, o segundo da fase bossa nova, foi "A nova dimensão do samba", de 1964. Arranjos de Panicali e do novato Eumir Deodato. Esse abria com "Nanã", do genial Moacir Santos. Contava com "Só saudade" e "Inútil paisagem", de Tom, "Rapaz de bem", de Johnny Alf, entre outros. Acho que a faixa mais impactante era "Nanã". Este disco confirmava o grande cantor. Simonal começava a ganhar a fama de melhor cantor da bossa nova, aproveitando-se da reclusão do papa João Gilberto, que raramente cantava. (Eu, que era fanático por João desde o 78 rotações com "Chega de saudade", de 1958, só cheguei a vê-lo ao vivo lá por 1980.)<br />
<br />
O terceiro LP foi "Wilson Simonal", lançado em março de 65, menos de um ano depois do anterior, fato raro no Brasil. Novamente arranjos de Lyrio Panicali e Deodato. Para mim a faixa impactante foi "Chuva", de Durval Ferreira e Pedro Camargo. Tinha ainda algumas músicas de Ary Barroso, outras de Carlos Lyra, Tom Jobim, e "Rio do meu amor", de Billy Blanco, que Simonal defendeu num festival da época. E tinha, para choque dos fãs da bossa nova, uma canção que estava mais para rock do que para MPB, "Juca bobão". Era o prenúncio da queda.<br />
<br />
Deixando de lado tantos detalhes, Simonal gravou algum tempo depois disto uma canção chamada "Mamãe passou açúcar em mim". A letra dizia mais ou menos assim: "Eu era neném, não tinha talco, mamãe passou açúcar ni mim". A idéia é que o narrador tinha ficado tão doce que as mulheres, a vida inteira, corriam atrás dele. Um besteirol total, como letra e como melodia. Pois foi essa canção que levou o cantor para a popularidade com o grande público, fazendo com que chegasse a rivalizar com Roberto Carlos na preferência do público. Tinha nascido a pilantragem, nome que ele deu a esse estilo iniciado com "Juca bobão" e consagrado com "Mamãe passou açúcar…".<br />
Os amantes da música de boa qualidade ficaram chocados com esse barateamento de um talento e se afastaram de Simonal. Mas talentoso ele continuou. Não assisti à famosa cena em que, no Maracanãzinho lotado, ele colocou o público para cantar, em duas vozes, fazendo com que todos cantassem afinados e no tempo certo. Quem assistiu diz que foi impressionante. Mas assisti em 1970, e vi de novo agora em vídeo que está disponível no YouTube, ao dueto dele com Sarah Vaughan, transmitido pela TV Tupi. Em duas canções, "Oh happy days" e "The shadow of your smile", o jovem cantor de 30 anos dialoga com uma das rainhas do jazz, de 45, de igual para igual, improvisando, variando, e sendo tratado por ela absolutamente como um igual. Novamente, é impressionante.<br />
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O crime<br />
<br />
De repente Simonal sumiu. Parou de fazer shows, não gravou mais. Aos poucos os fatos se espalharam pelo Rio: Simonal seria dedo-duro do DOPS — o famigerado Departamento da Ordem Política e Social, para onde eram levados os presos políticos. Qualquer músico que tocasse com ele iria para uma lista negra e não tocaria mais. O cantor precisava no mínimo de um pianista, de preferência um baixista e um baterista também. SIMONAL NUNCA MAIS CANTOU. Sobreviveu mais de vinte anos sem poder cantar, até morrer de cirrose causada por alcoolismo. Eu me lembro do diálogo que tive com um amigo que tocava contrabaixo:<br />
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"É verdade essa história de dedo-duro?", perguntei.<br />
<br />
"Não tenho a menor idéia", foi a resposta.<br />
<br />
"Mas então por que você não toca com ele?"<br />
<br />
"Porque se eu tocar com ele fico proibido de tocar, ninguém mais vai tocar comigo."<br />
<br />
A proibição foi 100% eficaz, e durou até a morte de Simonal.<br />
<br />
Não vi esse novo documentário, mas li tudo que achei nos jornais sobre ele. Eis os fatos reais, de acordo com o relato de diferentes pessoas: Simonal achava que seu contador o estava roubando, e contratou dois meganhas para dar uma surra no mesmo. O surrado deu queixa na polícia e o cantor foi processado e condenado — entendo que não foi preso por ser criminoso primário. A história se espalhou e muita gente do meio musical cobrou de Simonal por que ele teria mandado dar a surra.<br />
<br />
Acontece que os meganhas contratados por ele eram do DOPS, tinham feito um bico no horário de folga. Simonal, que tinha um lado infantil e mentiroso, passou a espalhar: "Ninguém mexa comigo porque eu tenho amigos no DOPS". Essa mentira, somada ao fato de que o cantor era visto como favorável ao governo militar, fez com que alguma misteriosa entidade dona da verdade "politicamente correta" decretasse o banimento dele. Ninguém sabe, ninguém viu, quem era essa misteriosa pessoa, ou grupo de pessoas, que teve esse poder monstruoso: decretar a morte profissional de um grande artista. (Não me esqueço de que ele tinha prostituído seu talento, mas ouso pensar que quando essa moda idiota da "pilantragem" se esgotasse algum arranjador de talento o convenceria a gravar música de boa qualidade novamente. Que tal um disco Simonal/Luis Eça?)<br />
<br />
Resumindo: um grande artista, aos trinta e poucos anos de idade, foi privado do exercício da sua profissão e de seu talento com base numa mentira sórdida. E o meio musical se acovardou e aceitou isso calado.<br />
<br />
O que você acha de perseguições, como a de Wilson Simonal, baseada em divergências políticas? É razoável que a carreira de um artista seja impedida de continuar só porque os que dominavam o pensamento intelectual da época nao concordavam com as suas idéias?
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/SgZc5VSQ2No" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-24133948416633251962017-11-08T09:28:00.000-08:002017-11-08T09:28:01.889-08:00Orquestra Afro-Brasileira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Quando o maestro Abigail Moura entrava no palco era como se arrastasse consigo todas as forças cósmicas. Nos bastidores, tal qual um sacerdote, fazia uma oferenda aos deuses em busca de captar boas vibrações, dava comida aos atabaques, sacralizava os instrumentos, tomava um banho de ervas purificadoras e submetia as roupas dos músicos a um ritual religioso. De 1942 a 1970, Moura esteve à frente da ousada e vanguardista Orquestra Afro-Brasileira, projeto musical criado por ele para valorizar a memória e a cultura negra.<br />
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Em sua música interpretada como exótica por alguns, difícil por outros e nada comercial por todos, entronizou a percussão como alma da orquestra, fundiu os ritmos ancestrais africanos ao jazz e à música erudita. Colocou instrumentos “primitivos” ao lado de “civilizados” e inspirou-se nas cantigas que ouviu da avó na infância, nas lembranças da família e nos cantos de umbanda para compor as canções que, de acordo com sua definição, boiavam no mistério e se projetavam pelo inexplicável.<br />
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Até 25 de janeiro, o Museu Afro Brasil, em São Paulo, exibe Breves Notícias: Abigail Moura e Orquestra Afro-Brasileira, mostra que reúne manuscritos de textos e poemas, partituras, cartazes de audições e fotografias do maestro e dos músicos. A exposição é pequena, especialmente a se considerar a importância do homenageado. O acanhamento é, contudo, justificável, pois pouco se sabe acerca do músico autodidata nascido em Minas Gerais e radicado no Rio de Janeiro, cujo talento vanguardista arrebanhou devotos como Eleazar de Carvalho, Camargo Guarnieri e Câmara Cascudo.<br />
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Em 30 anos de atuação, a Afro-Brasil fez somente cerca de cem apresentações e lançou dois discos, Obaluayê (1957) e Orquestra Afro-Brasileira (1968). Raridades ambos, o primeiro LP ganhou edição em CD em 2003, encartada em brochura baseada na pesquisa do antropólogo especializado em música Grégoire de Villanova a convite de Emanoel Araujo, à época curador da exposição Negras Memórias, Memórias de Negros e hoje à frente do Museu Afro Brasil.<br />
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“Moura tinha enorme curiosidade sobre a África e a questão afro-brasileira. Era um músico consciente de suas raízes, engajado na conquista de uma memória sagrada e profana”, diz Araujo. Para o franco-brasileiro Villanova, habituado a viagens por Caribe, África e América Latina em busca de raridades em vinil, a importância maior de Moura foi criar um som único, um gênero que se aproxima da música clássica afro-brasileira. “Ele resgata instrumentos muito antigos e os usa quando não fazem mais parte da organologia afro-brasileira. Poucos artistas fizeram isso nos últimos dois séculos.”<br />
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A fusão estabelecida entre o que considera primitivo e civilizado coloca lado a lado instrumentos da tradição ritual jeje-nagô, como o trio sagrado de tambores denominados rum, de som grave, rumpi, de registro médio, e lê, de som agudo (o pai, a mãe e o filho), o agogô, condutor do ritmo, conguê e adjá, sinetas metálicas, berimbau e urucungo, da família dos arcos sonoros africanos. A completar a maravilhosa “cozinha” percussiva, o ganzá e a angona-puíta, avó da cuíca brasileira. Com a finalidade de fazer um contraponto ocidental, a Orquestra Afro-Brasil trazia dois saxes-altos, dois saxes-tenores, três clarinetas, três trompetes e dois trombones.<br />
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Um tom místico e ancestral emanava especialmente da voz profunda da solista Maria do Carmo. De vestido longo, beleza negra evocativa de Billie Holiday, ou paramentada como baiana, envolta em bata branca, colares e pulseiras de contas a conferir aura de rainha, a contralto teria sido a inspiração para Moura criar a orquestra. Num episódio que reforça a mística em torno da Afro-Brasil, Carmo interpretava de modo sublime um canto religioso quando enlouqueceu em cena. Nunca mais voltou aos palcos.<br />
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Pobre e líder de uma orquestra em que a maioria dos músicos era formada por amadores que tocavam por amor à arte, Moura cantou uma África onde nunca colocou os pés, cuja força vinha da ancestralidade. Na análise do ideólogo Abdias do Nascimento, o maestro “jamais se dobrou aos apelos bastardos da comercialização” e não se deixou “corromper pelos cantos de sereia ideológicos”. Com um projeto tão ousado quanto impopular, quem seria o público da Afro-Brasil? “Moura estava inserido num contexto mais intelectualizado de burguesia negra e a pessoas muito ligadas à música que entendiam o que ele fazia”, diz Villanova. Entre a elite que ia às apresentações estavam o poeta e teatrólogo Paschoal Carlos Magno, o maestro José Siqueira e musicólogos como o dinamarquês Hans Jorgen Pedersen.<br />
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Único remanescente da orquestra com carreira profissional ativa, Carlos Negreiros procura perpetuar o ideário musical de Moura. “Ele é um mestre em percussão e foi cantor solista da Afro-Brasil”, conta Villanova. “Percebo na forma estética de Negreiros o som do maestro. Ele tem formação clássica e talvez a ligação esteja aí, no desejo de fazer música erudita afro-brasileira. Ambos usaram raízes totalmente diferentes, a priori conflitantes, para criar algo ímpar.”<br />
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Depois da morte de Moura, em 1970, Negreiros tentou refazer a orquestra. Não deu certo. Numa consulta a um terreiro de umbanda foi aconselhado a jogar no mar tudo o que se referisse à big band e acabar de vez com a Afro-Brasil.<br />
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Trinta e seis anos após o desaparecimento de Moura, surge na Bahia a Orkestra Rumpilezz, que bebe da mesma fonte. A big band criada pelo maestro Letieres Leite em 2006 parte do universo rítmico das ruas de Salvador, do sacro ao profano, dos toques de umbanda e candomblé. O nome do grupo é uma aglutinação dos três tambores primordiais, ru, rumpi e lê, acrescido dos dois zês da palavra jazz.<br />
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“Conheci o trabalho do Moura por meio do Ed Motta. Fiquei abismado com a beleza da obra. O maestro foi inovador, especialmente para a época, tanto que sofreu problemas sérios de preconceito, pois era uma orquestra de negros com toques de percussão. Bebemos da mesma fonte, a diferença é que buscamos conexões com a música contemporânea, dos arranjos às formações rítmicas”, diz Leite. Com 20 integrantes, 14 nos sopros, o maestro no sax, e 19 na percussão, a Rumpilezz faz a fusão de música negra ancestral e jazz.<br />
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Se a Rumpilezz não se entrega à ritualização como a Afro-Brasil, mergulha com tudo no universo sonoro dos terreiros, coloca pimenta no caldeirão e serve um prato borbulhante. “Todos os percussionistas são ligados ao terreiro. Eu sou filho de santo, somos todos macumbeiros.”<br />
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Para Leite, que quando jovem aluno da Universidade Federal da Bahia matava aulas de artes plásticas para tocar flauta e corrigiu o prumo ao entrar para o Conservatório Franz Schubert, em Viena, a reação do público surpreende. “Achei que nosso som se destinasse a plateias restritas. Mas a receptividade é muito boa, vamos do Teatro Municipal do Rio a uma praça .”<br />
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Arranjador de artistas como Lenine e Gilberto Gil, o maestro traz a Rumpilezz a São Paulo dias 19, 20 e 21 de dezembro (Sesc Belenzinho). Em julho de 2015, junta-se ao saxofonista norte-americano Joshua Redman em turnê pela Europa. “Tudo será gravado, preparamos o segundo álbum autoral.” O primeiro foi lançado em 2009.<br />
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Segundo Motta, entusiasta do trabalho do maestro baiano, Leite é sucessor legítimo de Moura. “Ele diz que herdei o bastão. Acho certo exagero, mas na qualidade de orquestra afro-brasileira talvez sejamos a continuidade.” Assim como o quase esquecido antecessor, que Villanova equipara ao norte-americano Sun Ra e ao nigeriano Fela Kuti (“eles inventaram um estilo musical”), Leite vai além de perpetuar a tradição afro-brasileira. Nas palavras do pesquisador, o intuito de Moura era “a vontade de criar uma grande música e participar da beleza universal”. Objetivo maior certamente compartilhado por Leite.
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Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-58158255869890032972017-11-08T03:45:00.001-08:002017-11-08T03:45:19.012-08:00Djalma Corrêa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Djalma Novaes Corrêa (Ouro Preto, 18 de novembro de 1942) é um instrumentista (contrabaixo, bateria e tambor) e compositor brasileiro.<br />
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Formou-se em Salvador, onde estudou percussão e composição na Universidade Federal da Bahia (UFBA) com professores como Walter Smetak, Hans-Joachim Koellreutter, entre outros.<br />
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Desenvolveu em parceria com o Goethe Institut, o projeto "The German All Stars Old Friend", um festival de jazz do qual reúne músicos alemães aos de outros países.<br />
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Discografia:<br />
(1978) Gilberto Gil e Djalma Corrêa<br />
(1978) Baiafro: Musica Popular Brasileira Contemporânea<br />
(1987) Quarteto Negro (Paulo Moura, Zezé Motta, Djalma Corrêa e Jorge Degas)<br />
(1980) Djalma Corrêa<br />
(1984) Djalma Corrêa e Banda Cauim<br />
(1984) Xingú: Guitar & Percussion<br />
(1993) The Caju Collection - O Melhor da Música Instrumental Brasileira<br />
(2001) Jazz Lounge, Volume 3: In a Latin Mood Compilation
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/4ZGOwgHkLzI" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-44364265379376314762017-11-07T09:51:00.000-08:002017-11-07T09:51:11.212-08:00Trio Ternura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSmG-EZSxHiqA4WdmNEdgLmDUjk0LE-W13gExw0kEUZlc0ANJR94SeymhvZWz4b8_mbxceladeZlIJto-YScxmCNOmGvHi5tqQ0XKoM3oWJ7W2Ra5MzpDN5fMP8-yH7oP3fNzi1jIOM3Uu/s1600/b05b8f3c16da4c4e903cb645d44dd611.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="383" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSmG-EZSxHiqA4WdmNEdgLmDUjk0LE-W13gExw0kEUZlc0ANJR94SeymhvZWz4b8_mbxceladeZlIJto-YScxmCNOmGvHi5tqQ0XKoM3oWJ7W2Ra5MzpDN5fMP8-yH7oP3fNzi1jIOM3Uu/s320/b05b8f3c16da4c4e903cb645d44dd611.jpg" width="306" /></a></div>
Um dos mais importantes grupos vocais do Brasil, formado pelos irmãos Jurema Lourenço da Silva (07/11/1946), Robson Lourenço da Silva (24/08/1951 – 25/12/2011) e Jussara Lourenço da Silva (17/05/1953).<br />
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Nascidos no Rio de Janeiro, cresceram no suburbano bairro de Realengo (zona oeste da capital carioca), onde muito cedo iniciaram carreira. Filhos do compositor Umberto Silva, autor de clássicos como o bolero “Ninguém é de ninguém”, imortalizado na voz de Cauby Peixoto e a marcha carnavalesca “Até quarta-feira”, entre outros.<br />
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O nome Trio Ternura foi sugerido pela amiga Lilian Maria, filha de Almeida Rego, outro importante compositor da época. Estrearam em disco pela gravadora Musidisc com a música "A raposa" em 1966, influenciados pelo sucesso do Trio Esperança. Logo depois estouraram nas paradas com a música "Volta meu amor" (versão para Changes, de Phil Ochs).<br />
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No ano seguinte já mostravam a tendência e afinidade com a Soul Music com a gravação de "Lindo" (versão do clássico 'Groovin', original do grupo vocal americano The Young Rascals).<br />
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Em 1968 lançaram "Nem um talvez" (de autoria do pai Umberto Silva e Theresinha Curtis) que, rapidamente se tornou o maior sucesso da carreira do Trio, lhes dando as credenciais para lançar o primeiro LP. Logo despertaram a atenção do cantor Roberto Carlos, que se encantou com a interpretação de "Nem um talvez" e os convidou para participar de seu Programa Jovem Guarda, na TV Record.<br />
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Com o prestígio alcançado após esse sucesso, ingressaram na gravadora CBS, onde surgiram outros êxitos como "Não brinque com o amor", "Eu sou de você", "Não vou brigar com você" e outras, participando inclusive da famosa coletânea "As 14 Mais".<br />
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Em 1970 acompanharam o cantor Toni Tornado no 5º F.I.C. (Festival Internacional da Canção) e saíram vitoriosos com a "BR-3" (de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar). A partir daí entraram de cabeça no "Universo Soul".<br />
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No ano de 1971 lançaram um LP fortemente influenciado pela Soul Music com direção artística de Raul Seixas e que se tornou um clássico. No mesmo ano venceram novamente o F.I.C. em sua 6ª edição com a canção "Kyriê" (autoria de Paulinho Soares e Marcelo Silva).<br />
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Na gravadora Polydor emplacaram com "Kyriê" e, em 1973 com "A gira" (música de inspiração Umbanda, composta por Umberto Silva em parceria com Beto Scala, irmão do Trio, que fez carreira solo de grande sucesso nos anos 70).<br />
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Em 1974, com a entrada dos irmãos Léo e Zé Roberto, o grupo se tornou Quinteto Ternura, registrando um memorável LP pela RCA Victor.<br />
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Encerraram suas atividades ainda no final da década de 70, deixando importante contribuição para a nossa música.<br />
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A partir de então, Jurema e Jussara, que já conciliavam a carreira do grupo com gravações acompanhando diversos cantores no vocal, intensificaram as atividades de backing-vocal para grandes nomes da MPB, como: Cazuza, Elba Ramalho, Ana Carolina, Beth Carvalho, Mart'náliae vários outros. Jussara em paralelo, também se dedica a carreira solo e Robson infelizmente faleceu em 2011.<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kHxKNFVxTEM" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-63684409180984757392017-11-07T06:31:00.001-08:002017-11-07T06:31:40.248-08:00Dina Di<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Se hoje temos Negra Li ou Karol Conka, devemos agradecer à atitude de Dina Di, que se levantou e subiu no palco de calça larga e tranças trazendo um RAP de compromisso para um público que não estava acostumado a ouvir uma voz feminina por trás do microfone.<br />
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Nascida em Campinas, com todos os problemas familiares possíveis, sem pai na criação e fugida de casa aos 13, Dina Di encontrou tudo que teve na mente engatilhada e no microfone na mão, mas não foi muito, passou muita fome, comia um prato por dia quando muito e morava de favor na casa dos outros.<br />
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Tinha medo de ser ‘apenas’ Viviane, sem currículo pra não conseguir nem ser empregada como ela dizia, medo de deixar de ser a rapper que movimentava o público.<br />
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“Não cheguei a conviver com a Dina Di, mas sempre fui fã dessa guerreira. Uma mulher de muita luta, fibra, que sempre foi linha de frente e nunca deixou a peteca cair. Ela foi um exemplo de poesia positiva que levou e ainda vai levar esperança para muita gente. Pena que, em vida, ela não recebeu o reconhecimento à altura do que merecia.”<br />
(Criolo Doido)<br />
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Fazia questão de explicar suas roupas folgadas no estilo masculino, óculos e boné. Explicava que se trajava daquela maneira para que os manos que acompanhavam seu show não olhassem pra sua bunda, mas sim ouvissem o seu som.<br />
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Encontrou-se no grupo Visão de Rua, e na sua música contou a realidade sofrida, relatava todas as histórias as quais passou.<br />
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Abandonou a escola na terceira série ao fugir de casa, mas não a escrita. Mesmo com problemas de dicção, trocando r e s, fazendo confusões silábicas, não deixou de demonstrar sua qualidade poética.<br />
Mas não foi só sofrimento sua inspiração, Dina Di encontrou o amor em Thock (Chucky), o qual conheceu na adolescência, época de aventuras e paixões, as quais levaram o seu companheiro a ser condenado à prisão, e fazer o relato retratado na música voltar ao sofrimento, mas agora o sofrimento que se enfrenta ao acompanhar o vão que se tem entre as grades.<br />
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Dina Di foi uma das melhores rappers a retratar o que é visitar um detento sendo mulher, tanto em depoimentos em entrevistas, quanto na sua poesia. Relatando desde detalhes claros até sentimentos íntimos, suas músicas demonstraram tudo o que envolve ser mulher de um presidiário.<br />
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Levantou a cabeça em cima do palco para o movimento feminino em cima do palco, fazendo a diferença desde o começo, falando contra o movimento ser dominado pelos homens, falando que nunca ‘pagou pau pra homem’, que é aficionada por Racionais, mas não respeita Mano Brown chamar uma mulher de vadia em suas letras ou mesmo não falar de sua mulher nas mesmas.<br />
Sendo indicada a alguns prêmios, tendo como destaque ter vencido o prêmio Hútuz, também tocando com o grupo RZO, lançando seus discos e vendendo boné, camisa do Visão de Rua, conseguiu seguir em frente e se erguer na vida pessoal, se desvencilhando de vícios antigos e descobrindo novas felicidades.<br />
Casou-se no Sesc Itaquera com o seu companheiro, que neste momento havia conseguido a liberdade. Se erguendo, Dina Di estava se realizando, e estava prestes a aproveitar uma de suas maiores realizações, que seria a maternidade da pequena Aline.<br />
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“Essa notícia foi um baque e deixou meu sábado muito triste. Dina Di foi uma grande representante do rap feminino e brasileiro. Uma guerreira muito importante, que fez as mulheres ganharem mais respeito na cena. Com a perda dela, todos nós perdemos um pouco da nossa força. Espero que, agora, ela consiga a paz que todos nós procuramos.”<br />
(Thaide)<br />
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Quando em um trágico dia pro RAP, pra música nacional e principalmente para a recém-nascida Aline, Dina Di faleceu devido a uma infecção hospitalar contraída no parto.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1qKr8qjK75I" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-64584681389982475862017-11-06T18:49:00.003-08:002017-11-06T18:51:14.003-08:00 Pixinguinha<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHFiMpkLcq6vSDziZX2mefjrDvZqN4zKgja5az4uLB1x0drDOdK1v1FrhJxdeih7HBfVyM3EHnVTEhpYZM5HYddC0pHdQ41LQ7CFeNwv1qPs132VKBSaRA1h2Wzw7mCmjvrn8-ju5BQS40/s1600/11014519.jpeg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="550" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHFiMpkLcq6vSDziZX2mefjrDvZqN4zKgja5az4uLB1x0drDOdK1v1FrhJxdeih7HBfVyM3EHnVTEhpYZM5HYddC0pHdQ41LQ7CFeNwv1qPs132VKBSaRA1h2Wzw7mCmjvrn8-ju5BQS40/s320/11014519.jpeg" width="320" /></a></div>
Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha (Rio de Janeiro, 23 de abril de 1897 — Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1973), foi um maestro, flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro.<br />
No estúdio da Rádio Mayrink Veiga, 1932, o jovem Manuel de Nóbrega, aos 19 anos (2º em pé da esq para dir) Carmen e Aurora Miranda (sentadas) segurando a flauta Pixinguinha.<br />
Pixinguinha é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva.<br />
Pixinguinha era filho do músico Alfredo da Rocha Vianna, funcionário dos correios, flautista e que possuía uma grande coleção de partituras de choros antigos. Aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família com vários irmãos músicos, entre eles o China (Otávio Vianna). Foi ele quem obteve o primeiro emprego para o garoto, que começou a atuar em 1912 em cabarés da Lapa e depois substituiu o flautista titular na orquestra da sala de projeção do Cine Rio Branco. Nos anos seguintes continuou atuando em salas de cinema, ranchos carnavalescos, casas noturnas e no teatro de revista.<br />
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Pixinguinha integrou o famoso grupo Caxangá, com Donga e João Pernambuco. A partir deste grupo, foi formado o conjunto Oito batutas, muito ativo a partir de 1919. Na década de 1930 foi contratado como arranjador pela gravadora RCA Victor, criando arranjos celebrizados na voz de cantores como Francisco Alves ou Mário Reis. No fim da década foi substituído na função por Radamés Gnattali. Na década de 1940 passou a integrar o regional de Benedito Lacerda, passando a tocar o saxofone tenor. Algumas de suas principais obras foram registradas em parceria com o líder do conjunto, mas hoje se sabe que Benedito Lacerda não era o compositor, mas pagava pelas parcerias.<br />
<br />
Quando compôs "Carinhoso", entre 1916 e 1917 e "Lamentos" em 1928, que são considerados alguns dos choros mais famosos, Pixinguinha foi criticado e essas composições foram consideradas como tendo uma inaceitável influência do jazz, enquanto hoje em dia podem ser vistas como avançadas demais para a época. Além disso, "Carinhoso" na época não foi considerado choro, e sim uma polca. Outras composições, ent<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/UPy_40ofgMg" width="560"></iframe>re centenas, são "Rosa", "Vou vivendo", "Lamentos", "1 x 0", "Naquele tempo" e "Sofres porque Queres".
Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-67950239581182821742017-10-31T17:57:00.002-07:002017-10-31T17:57:33.705-07:00Renato Bráz - Outro quilombo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYqQU4Zo0-MHWfg59xNPQnIRSO_ghUzFhjtt9tGg16K6yOIV2mmaRCae0Q2jy3kNKSr7W5WSHLrIyXeFZx7L5Ov53Ufi-tFcWKJaMrgsdWGXY3s2wD-RL15pwRaf-vFEwZ4dVraRXeCH8/s1600/14948.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="250" data-original-width="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYqQU4Zo0-MHWfg59xNPQnIRSO_ghUzFhjtt9tGg16K6yOIV2mmaRCae0Q2jy3kNKSr7W5WSHLrIyXeFZx7L5Ov53Ufi-tFcWKJaMrgsdWGXY3s2wD-RL15pwRaf-vFEwZ4dVraRXeCH8/s1600/14948.jpg" /></a></div>
Ponta de pedra, costeira, perau, quebra mar<br />
Mangue, colônia pesqueira, pontal do pilar<br />
Barro, sapê e aroeira é a casa de lá<br />
Bule de flandres, esteira, moringa e alguidar<br />
Beira de mar<br />
<br />
Praia de areia de ouro de alumiar<br />
Luz de vaga-lume, estrela, candeia e luar<br />
A lua cheia se mira nas águas de lá<br />
Lá que a sereia costuma surgir pra cantar<br />
Beira de mar<br />
<br />
Cada negro olhar<br />
Sangue de África<br />
Centro de aldeia, bandeira, nação Zanzibar<br />
Da mesma veia guerreiro do Povo Palmar<br />
Tudo palmeira de beira de mar<br />
Tudo palmeira de beira de mar<br />
Tudo palmeira de beira de mar
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1i0gOh_nYW0" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-9103816425122904282017-10-29T19:59:00.001-07:002017-10-29T19:59:10.206-07:00Mano Brown<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeDCM-ArivhdvOa6woNTRJfsyh9TutRkZnXIL1hp9J3A0SAa5GPMT11CV0T68jJH8rJxNdr6Sfkqz4kGa_lWDB114uaZWSfUScyiXYk4vN6mDUE4ALQeWX5vs3JZgj6-be6mCaCyxblraV/s1600/mano-brown-fundo-branco-divulgacao.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="521" data-original-width="375" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeDCM-ArivhdvOa6woNTRJfsyh9TutRkZnXIL1hp9J3A0SAa5GPMT11CV0T68jJH8rJxNdr6Sfkqz4kGa_lWDB114uaZWSfUScyiXYk4vN6mDUE4ALQeWX5vs3JZgj6-be6mCaCyxblraV/s320/mano-brown-fundo-branco-divulgacao.jpg" width="230" /></a></div>
Pedro Paulo Soares (São Paulo, São Paulo, 1970). Rapper, compositor e líder dos Racionais MC’s. Cresce na zona sul de São Paulo, na região dos bairros Capão Redondo e Parque Santo Antônio. Filho de mãe negra e pai branco, é criado pela mãe, Ana Pereira Soares. Em 1986, ganha o apelido Brown nas rodas de samba, em que toca repique de mão e faz algumas batidas inspiradas no funk norte-americano. Os companheiros da roda, então, comparam-no a James Brown (1933-2006). Escreve a primeira letra de música aos 17 anos. A composição, “Terror da Vizinhança”, não é gravada. No mesmo período, frequenta o Metrô São Bento, onde acontecem os encontros entre os artistas de rap de São Paulo. Forma a dupla de rap BB Boys com o amigo de infância Paulo Eduardo Salvador (1970), o Ice Blue. Os BB Boys participam de alguns concursos e eventos e chamam a atenção do público, com suas letras que descrevem o cotidiano violento da periferia. Brown inspira-se em Thaíde (1967) e outros compositores que frequentam a São Bento (praça da estação de trem do metrô de São Paulo, ponto de encontro, nos anos 1980 e 1990, de jovens que se reúnem para dançar e fazer rap). Thaíde é um dos primeiros rappers brasileiros que ele vê cantar na televisão e que esboça uma crítica social em suas letras. Mano Brown inicia a transição para um discurso mais engajado.<br />
<br />
Mano Brown e Ice Blue conhecem Edi Rock [Edivaldo Pereira Alves, (1970)] e KL Jay [Kleber Geraldo Lelis Simões (1969)] no fim dos anos 1980 e os quatro se juntam para formar os Racionais MC’s. A coletânea Consciência Black lança as primeiras músicas do grupo: “Pânico na Zona Sul” (de Mano Brown) e “Tempos Difíceis” (de Edi Rock). O grupo grava cinco discos: Holocausto Urbano (1990), Escolha Seu Caminho (1993), Raio X Brasil (1994), Sobrevivendo no Inferno (1997) e Nada Como Um Dia Após o Outro Dia (2002).<br />
<br />
Mano Brown destaca-se como principal compositor e autor dos clássicos que marcam cada fase dos Racionais: “Pânico na Zona Sul”, “Fim de Semana no Parque” , “Capítulo 4, Versículo 3”, “Fórmula Mágica da Paz”, “Diário de um Detento”, em parceria com Jocenir Prado (1950), “Vida Loka”, “Eu Sou 157”, “Jesus Chorou” e, em parceria com Edi Rock, “Voz Ativa”, “Homem na Estrada”, “Negro Drama”.<br />
<br />
Como produtor, participa dos discos Provérbios 13, do grupo 509-E, lançado em 2000, e Supernova Samba Funk, da Banda Black Rio, lançado em 2011.<br />
<br />
Sem lançar disco com os Racionais desde 2002, Brown cria o coletivo Big Ben Bang Johnson, em 2009, com outros artistas de rap, como Ice Blue, Helião, Sandrão e DJ Cia (integrantes do grupo RZO), Dom Pixote e Du Bronx (integrantes do grupo Rosana Bronx). O grupo não tem formação nem repertório fixos e apresenta-se regularmente na noite paulistana.<br />
<br />
Em 2010, Brown participa da gravação de uma versão da música “Umbabarauma”, de Jorge Ben Jor (1942), em uma ação promocional de material esportivo para a Copa do Mundo daquele ano. Dois anos depois, compõe “Mil Faces de um Homem Leal” (Marighella), para um documentário sobre o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969), do diretor Silvio Tendler (1950).<br />
<br />
Análise<br />
Mano Brown é um dos artistas mais importantes do rap brasileiro, o que estabelece um estilo dentro do gênero. Suas letras registram a linguagem do jovem morador da periferia paulistana, no uso das gírias e vocabulário. É seguido por uma legião de fãs, que reconhecem nele uma voz que os representa na sociedade.<br />
<br />
Suas letras retratam situações cotidianas da periferia paulistana e, muitas vezes, ele se coloca no papel dos personagens marginalizados nas músicas que canta. “Homem na Estrada” retrata a dificuldade de um ex-presidiário em retomar uma vida social digna. “Diário de Um Detento”, por sua vez, narra, em primeira pessoa, os acontecimentos referentes ao massacre do Carandiru, que resulta na morte de 111 presos, sob a ótica de um detento (Jocenir Prado, coautor da música). “Tô Ouvindo Alguém me Chamar” traz os conflitos morais de um traficante de drogas e “Artigo 157” é o relato do dia a dia de um assaltante.<br />
<br />
A escrita detalhada, a presença de um narrador e a sequência cronológica fazem com que alguns de seus raps sejam comparados com as narrativas jornalística e cinematográfica. A fluência com que canta é reconhecida graças ao ritmo e harmonia, com divisões próprias e timbre de voz potente.<br />
<br />
Seu estilo de compor, inicialmente, apresenta uma mensagem direta, com poucos versos, como o rap “Pânico na Zona Sul”, e influências do discurso do líder negro norte-americano Malcolm X (1925-1965), citado na letra de “Voz Ativa”:<br />
<br />
Precisamos de um líder de crédito popular<br />
Como Malcolm X em outros tempos foi na América<br />
Que seja negro até os ossos, um dos nossos<br />
E reconstrua nosso orgulho que foi feito em destroços.<br />
<br />
A partir do disco Raio X Brasil, escreve letras mais longas e propõe que o ouvinte tire suas próprias conclusões sobre o significado delas. No disco Sobrevivendo no Inferno, em músicas como “Diário de um Detento” e “Tô Ouvindo Alguém me Chamar”, Brown narra experiências em primeira pessoa com letras ainda maiores. Em “Nada Como um Dia Após o Outro Dia”, o rapper segue fiel ao método detalhista, mas traz reflexões novas sobre o sucesso artístico e a aparência.<br />
<br />
Depois do lançamento de Sobrevivendo no Inferno, Mano Brown reconhece essa diferença no processo criativo, em entrevista para a revista Caros Amigos. Afirma rejeitar músicas como “Pânico na Zona Sul” e “Voz Ativa” que, segundo ele, são “confusas”, compostas com receio do uso de gírias e palavrões que o distanciam do público.<br />
<br />
O discurso e a postura do rapper mudam com o tempo. Nos primeiros anos de carreira, ele defende a atitude radical dos Racionais MC’s de fazer shows apenas para o público pobre e não conceder entrevistas à grande mídia. A partir dos anos 2000, ele abre exceções a veículos como a revista Rolling Stone Brasil (2009 e 2013), Jornal da Tarde (2006) e programas da TV Cultura, como Ensaio (2003) e Roda Viva (2007). Neste mesmo período, tornam-se mais comuns as apresentações do grupo em clubes de classe média e alta, pelo dinheiro pago nestas ocasiões. A gravação de “Umbabarauma”, promovida por uma grande marca de material esportivo, é justificada pelo cachê pago, além da oportunidade de gravar em parceria com seu ídolo, Jorge Ben Jor (1942).<br />
<br />
A influência de Jorge Ben Jor é a mais marcante na obra de Mano Brown e reflete-se em sua vida pessoal. O nome de seus filhos são homenagem ao ídolo: Kaire Jorge e Domênica (Ben Jor tem uma música chamada “Domenica Domingava Num Domingo Linda Tôda de Branco”, gravada no disco Força Bruta, de 1970). Além disso, Ben Jor é citado na obra dos Racionais em outros momentos: versos dele são sampleados (extraídos e reeditados) no refrão de “Fim de Semana no Parque”; a música “Jorge da Capadócia” é regravada pelo grupo no disco Sobrevivendo no Inferno; e Ben Jor participa do primeiro DVD do grupo, Mil Tretas, Mil Trutas. No programa Ensaio, da TV Cultura, Brown cita também Benito di Paula (1941), Agepê (1942-1995), Roberto Ribeiro (1940-1996), Luiz Ayrão (1942) e Fundo de Quintal como referências. O grupo de rap norte-americano Public Enemy e o artista jamaicano Bob Marley (1945-1981) também são inspirações. Brown refere-se ao músico de reggae como “filho de pai branco e mãe negra, como eu. Era um cara que ficou rico morando dentro de uma favela”, em entrevista a Caros Amigos, em 1998.<br />
<br />
As duas participações dos Racionais MC’s na Virada Cultural são marcadas por discursos de Mano Brown. Em 2007, antes do confronto entre público e polícia, ele tenta apaziguar os ânimos dos fãs. Dirige-se a um policial que, supostamente, abusa da violência durante o tumulto. Depois de seis anos afastado do evento, o grupo volta em 2013 em apresentação sem ocorrências policiais. Brown, no entanto, aproveita a ocasião para opinar sobre cenas que ele presencia na madrugada anterior:<br />
<br />
Estive ontem de noite aqui, sou da rua, vi muita covardia no centro. Todo mundo fala da polícia, do sistema, mas eu vi vários malucos roubando. [...] O que eu vi ontem tá longe de ser evolução. O rap precisa de gente de caráter, não de malandrão.<br />
<br />
Episódios como esse ilustram o papel de liderança que Mano Brown exerce entre seu público.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uJl5FZIqxK8" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-89661600751016142912017-10-26T09:49:00.001-07:002017-10-26T09:49:12.598-07:00Juçara Marçal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8KE33xB0OF1KYDeJdLqVChHaitaMX2cfpxyjaIofQ9qBtfP0hKyGYimdidmUhRRAu504l7IVPFLcHd8wgcwKdximYLyX7YuuLpYNduGoYGV4z5y2pKDkZJv0pawVuSDkaTaDTCDNiCcnG/s1600/jussaramarcal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="336" data-original-width="640" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8KE33xB0OF1KYDeJdLqVChHaitaMX2cfpxyjaIofQ9qBtfP0hKyGYimdidmUhRRAu504l7IVPFLcHd8wgcwKdximYLyX7YuuLpYNduGoYGV4z5y2pKDkZJv0pawVuSDkaTaDTCDNiCcnG/s320/jussaramarcal.jpg" width="320" /></a></div>
Juçara Marçal, dona de uma das vozes mais exuberantes do país, possui mais de vinte anos de carreira iniciada com o grupo vocal Vésper, com quem lançou quatro discos, Flor D’Elis (1998), Noel Adoniran -180 Anos de Samba (2002), Ser Tão Paulista (2004) e Vésper na Lida (2013). Com o grupo A BARCA, Juçara lançou dois discos, Turista Aprendiz (2000) e Baião de Princesas (2002), além de participar do importante trabalho de pesquisa do grupo realizado em nove estados brasileiros entre 2004 e 2005 e que resultou no registro em áudio e vídeo de mais de trinta mestres de cultura tradicional, presentes nas caixas Trilha, Toada e Trupé e Coleção Turista Aprendiz. Ao lado de Kiko Dinucci, iniciou uma parceria que há alguns anos investiga e desenvolve um trabalho a partir das tradições afro-brasileiras. Dessa parceria já foram lançados Padê (2007) e os dois discos com o grupo Metá Metá (que além de Juçara e Kiko tem em sua formação o saxofonista Thiago França), são eles, Metá Metá (2011) e Metal Metal (2012). Em 2014 Juçara Marçal lançou seu primeiro trabalho solo com o título Encarnado.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/18p5_PiPk8E" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-34934223040176535572017-10-26T09:40:00.002-07:002017-10-26T09:40:39.767-07:00Edi Rock<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpG-F9aF6tmRTSICxVEYHyGDNFzWkwaXQ78UPpTLZMER9t4V8Ap_aHaQM_wSbwlisY3vFHsNtv55y5mbQ7kZ10KbKeRP6qFSpEFzUevxu_RxMlZs6AbGrrHNYLKXvtEa67cgviWi-ONfbi/s1600/img-1041236-edi-rock.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpG-F9aF6tmRTSICxVEYHyGDNFzWkwaXQ78UPpTLZMER9t4V8Ap_aHaQM_wSbwlisY3vFHsNtv55y5mbQ7kZ10KbKeRP6qFSpEFzUevxu_RxMlZs6AbGrrHNYLKXvtEa67cgviWi-ONfbi/s320/img-1041236-edi-rock.jpg" width="320" /></a></div>
Edivaldo Pereira Alves (São Paulo, 20 de setembro de 1970), mais conhecido pelo seu nome artístico Edi Rock, é um cantor e compositor paulista brasileiro.<br />
<br />
Figura sem dúvida entre os mais importantes poetas do país, além do reconhecimento notório no Hip-Hop.<br />
<br />
Junto com os demais membros da família Racionais, representa o que existe de mais importante na música black, sendo a história viva do rap nacional.<br />
<br />
Escreveu algumas das maiores pérolas líricas do Rap, que narram além de fatos do cotidiano de muitas pessoas, histórias e lições de vida que tocam as pessoas que escutam. Essa, aliás, é uma particularidade sobre seu trabalho, que chegou até a narrar um acidente automobilístico em uma música, descrevendo uma fatalidade sem deixar de tornar a história triste em um aprendizado importante para seus fãs.<br />
<br />
A desigualdade social também é alvo de suas denúncias ácidas e verdadeiras, retratando universos distintos e seus problemas sob perspectivas imparciais.<br />
<br />
Começou sua carreira em 1984, quando fazia bailes em residências ao lado de seu companheiro DJ KL Jay e, em 1987 conhece por meio de bailes negros como Chic Show, Zimbabwe, Black Mad e Kaskatas, entre outros, da musica "Rap americana". Frequentando a São Bento do metrô conheceu o movimento "Hip-Hop", lugar de fundação da cultura e local onde frequentava, criou seu nome artísco junto com o seu amigo DJ KL jay se inspirando em rappers americanos da época como Eazy Rock, Run Dmc, LL.Cool J.,Beastie Boys e outros e logo em seguida rappers nacionais da época como Thaíde e DJ Hum, Black Juniors, Pepeu, Naldinho, Irmãos Metralha, DJ Cuca, MC Jack e DJ Ninja entre outros. Desde o início já mostrava indicações do caminho que escolheria para suas composições e produções. Em 1988 na periferia da cidade de São Paulo, ao lado do próprio KL Jay, Mano Brown e Ice Blue fundam o grupo de rap Racionais MC's, onde continua até os dias de hoje.<br />
<br />
É convidado com frequência a palestras e debates, envolvendo os temas de suas músicas e letras inspiradas em suas experiências de vida, cotidiano e amizades. Uma frase conhecida de suas autorias "A alma guarda o que a mente tenta esquecer" é tatuada pelos fãs em sinal de admiração. Natural da Zona Norte de São Paulo bairro Jaçanã, 42 anos, tem a autoria de Edi as canções "Mágico de Oz", "Rapaz Comum", A Vida é um Desafio, Negro Drama entre outras em parceria com Mano Brown, Ice Blue e KL Jay. Gravou o seu primeiro cd solo em 1999, apresentando para os fãs revelações como SNJ no hit "Só o Pó".<br />
<br />
Gravou e produziu mais um hit de sucesso nos bailes e rádios do gênero com DMN na faixa H. Aço concorrendo como a melhor musica e clipe pela MTV VMB, fez uma parceria com a banda inglesa Asian Dub Foundation na faixa 19 Rebellions, sobre as rebeliões orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) 2001 e seu exemplo como ação organizada contra o Estado e o Status Quo.<br />
"That's my Way" faixa de trabalho do seu cd solo Contra Nós Ninguém Será, com participação especial de Seu Jorge, foi eleita pela Revista Rolling Stones Brasil como a 14* melhor música do ano, concorreu a melhor video clipe MTV VMB onde perdeu para "Marighella", do próprio Racionais MC's.<br />
<br />
Seu CD solo “Contra Nós Ninguém Será”, lançado pela Bagua Records, contém 23 faixas e múltiplas parcerias de peso, como Marcelo Falcão dO Rappa e Alexandre Carlo do Natiruts em mais um hit intitulado "Abrem-se os Caminhos".
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/C0-RIvgHF0I" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3011335845778078490.post-40790291167244300012017-10-25T18:15:00.003-07:002017-10-25T18:15:27.913-07:00Raul de Souza<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilGBxOq1mc2tVRz11AsH_fEjREyHm0_-Tu3tolnNnbk1flLeCN5Jhl1zbw0_HCEEytIJQssvDJgp4J_c8lhDXjBi1KZSfs7uDjI7AE8hbNcIlLbvRt9tuy_lN1_e0dFvvAD_odJ53fX7FH/s1600/raul_de_souza_black_maos_para_o_alto_0.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="465" data-original-width="620" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilGBxOq1mc2tVRz11AsH_fEjREyHm0_-Tu3tolnNnbk1flLeCN5Jhl1zbw0_HCEEytIJQssvDJgp4J_c8lhDXjBi1KZSfs7uDjI7AE8hbNcIlLbvRt9tuy_lN1_e0dFvvAD_odJ53fX7FH/s320/raul_de_souza_black_maos_para_o_alto_0.jpg" width="320" /></a></div>
"A música é o real alimento da alma".<br />
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A aversão do Raul a biografias suas que começam com o clichê "nasceu-em-Campo-Grande-cresceu-em-Bangu" lembra a bronca do arquirrebelde da nossa época, Holden Caulfield, em O Apanhador no campo de centeio: "Se querem realmente saber a respeito, a primeira coisa que provavelmente vão querer saber é onde nasci, e como foi a desgraçada da minha infância, o que meus pais faziam antes de me terem, e toda aquela baboseira tipo David Copperfield, mas não estou afim disso, se querem saber a verdade." Raul é da geração dos Caufields, os rebeldes-sem-causa que adolesceram no pós-guerra e logo viram — ele com seus olhos de sábio chinês — que o mundo estava cada vez mais errado. E que providência tomou? Não saiu por aí fazendo discursos nem política, apenas botou a boca no trombone. O trombone — que surgiu na Europa lá pelos 1400s com o nome de sacabucha — é um instrumento rouco e grave, como a voz do Raul. Se o trombone não existisse, Raul o teria inventado. Aliás, inventou um trombone, que leva o seu nome: o Souzabone, com quatro válvulas, um aperfeiçoamento do trombone de três válvulas que tocou na primeira década de carreira, antes de adotar o trombone de vara. Sempre com uma ideia na cabeça: "A música é o real alimento da alma."<br />
<br />
O Raulzinho dos primeiros anos foi um Holden Caufield. Para o Raul de Souza de hoje vou propor outro personagem: o Benjamin Button, criado por Scott Fitzgerald em 1921, e agora encarnado na tela por Brad Pitt. Este insólito Button nasce já com 75 anos — a idade atual do Raul — e vai ficando mais moço a cada ano, refazendo sua vida às avessas. Para evitar um perfil linear — a música do Raul é tudo menos linear — vamos caminhar então para o passado, até quando o nosso herói nasce, finalmente, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, filho de um pastor evangélico, crescendo em Bangu, onde aprende bumbo, pandeiro, caixa e prato e, aos 16 anos, passa a tocar tuba na banda da fábrica de tecidos famosa. Surreal não é? Mas existe coisa mais surreal do que o Raulzinho que conheci há 50 anos em Curitiba, envergando a farda azul da Aeronáutica? Sempre com o trombone debaixo do braço, à procura de almas irmãs na noite fria, juntando-se à turma da Gazeta do Povo, ao contista Dalton Trevisan e ao futuro cineasta Sylvio Back, para quem Raul (com o pianista Guilherme Vergueiro, só trombone e piano) faria a trilha do filme Lost Zweig, em 2002. Querem coisa mais surreal do que o Raul singrando de pedalinho um lago do Passeio Público, trombone em punho, fazendo serenata para um búfalo aquático?<br />
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Tive a felicidade de presenciar o momento exato do rejuvenescimento de Raul em dezembro de 2008, na turnê Circular BR, em que tocou com o trio do gaitista Gabriel Grossi. Assisti à metade dos seis shows: o primeiro no Rio, o segundo em Curitiba (onde eu lançava o livro Improvisandosoluções, que dedica um capítulo a Raul), e o último em Niterói. Ele talvez tenha começado a rejuvenescer uma semana antes, no Sarau da Pedra, na Urca, onde lançou seu CD Bossa eterna com o João Donato. Viajando um pouco no tempo, também poderia ter sido na turnê de lançamento do CD Jazzmim, com os musicos Jeff Sabagg ( teclados) , Glauco Solter ( baixo), Endrigo Bettega( bateria) e Mario Conde ( guitarra) . Quatro jovens de Curitiba que Raul conheceu no Chivas Jazz Festival de 2004 e adotou como filhos, fazendo questão que o acompanhassem até num festival na Ilha da Reunião, nas lonjuras do Oceano Índico. (Muito forte essa ligação de Raul com Curitiba, que o marcou nos seis anos (1958-63) que lá passou, casou e fez filhos e amigos.<br />
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Vamos zonear de vez a cronologia. Verão de 1964: morando em Londres, de férias no Rio, revejo Raul no Beco da Garrafas, com o sexteto de Sérgio Mendes, que o levaria pela primeira vez ao exterior. Tomou gosto pelas viagens ao exterior e, depois de gravar seu primeiro LP como solista, À vontade mesmo, voltou à Europa, onde tocou no Blue Note de Paris com o famoso baterista do bebop, Kenny Clarke. Em 1967, Raul está tão cotado que ingressa no RC-7, a banda que acompanha Roberto Carlos, e chega a aparecer no filme do "Rei", Em ritmo de aventura. Funda o grupo instrumental Impacto 8 e grava mais um disco. Parte para o México com o SamBrasil. Em 1973, faz uma turnê pelos Estados Unidos com Airto Moreira e Flora Purim. Nesse ano, Airto produz Colors, o primeiro álbum americano de Raul, pelo selo de jazz Milestone, arranjado pelo mestre trombonista J.J. Johnson, com as participações do saxofonista Cannonball Adderley e do baterista Jack DeJohnette. A partir daí é a consagração e o reconhecimento da sua arte, com o lançamento de três albuns que fazem o seu nome na América (Sweet Lucy, 1977; Don't Ask MyNeighbours, 1978; Till Tomorrow Comes, 1978), na intimidade com gigantes do jazz como Sonny Rollins, George Duke, Sarah Vaughan, Cal Tjader, Freddie Hubbard, Hubert Laws e um de seus trombonistas favoritos da juventude, Frank Rosolino. (Raul se apresentaria em dueto com ele no Festival de Jazz de São Paulo de 1978, pouco antes da trágica morte de Rosolino.)<br />
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A consagração maior nos anos 1970 é a inserção do seu nome em The Encyclopedia of Jazzin the Seventies, dos críticos Leonard Feather e Ira Gitler, com direito a foto ostentando uma cabeleira afro, e ao verbete de 21 linhas, DE SOUZA, JOÃO JOSÉ PEREIRA (RAUL), com a data de nascimento correta, 23/8/1934. João José? O nome artístico foi dado por Ary Barroso, em cujos programas de calouros ele brilhava: "João José não é nome de trombonista. Já temos o Raulzão (Raul de Barros). Você vai ser o Raulzinho."<br />
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O coração sempre falou mais alto na vida do Raul. Em 1980, veio ao Brasil com uma banda de all stars para o Festival Rio-Monterey no Maracanãzinho e, uma vez mais, sentiu o calor do reconhecimento de seus conterrâneos. Divorciado da mulher americana em 1986, voltou ao Brasil. Um álbum mediano de 1993, The OtherSide of the Moon (em que toca saxofones alto e tenor e dá até uma de crooner cantando Abraço vazio) é plenamente compensado pelo jazzístico Rio, de 1998, em que reedita, com o trombonista Conrad Herwig, os fabulosos duetos do duo J.J.&K (J.J. Johnson e Kai Winding) nos anos 1950.<br />
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O fim do século e do milênio propiciam outra mudança de coração. O encontro com Yolaine leva Raul para Paris, onde forma uma banda familiar, fazendo mais ou menos o que Miles Davis tentou em sua fase final: um jazz mais descontraído numa atmosfera pós-fusão, ou neo-fusão. Nesta viagem em ziguezague pelo tempo — como nos filmes da série De volta para o futuro — não podemos deixar de visitar o fascinante Elixir, de 2004, em que Raul faz na última faixa, Terra, uma declaração de amor ao Brasil, "terra de samba e pandeiro", antes de embarcar num dionisíaco solo de trombone de seis minutos que é uma autêntica síntese de sua arte — bela, apaixonada e complexa. Impossível rotular sua música. Samba? Choro? Jazz? Talvez um samba mitológico, dentro da sua cabeça (como aquele dentro da cabeça de João Gilberto), uma espécie de jazzfieira, ele que gravou pela primeira vez com Altamiro Carrilho e a Turma da Gafieira. Ou, atando as duas pontas da sua carreira fonográfica, e incorporando o verdadeiro achado que é o título de seu último CD — e da sua composição que abre o disco — a Bossa Eterna de Raul de Souza.
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" gesture="media" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/eKQ-tQvRK6s" width="560"></iframe>Nilton Victorino Filhohttp://www.blogger.com/profile/15931709345926463374noreply@blogger.com0